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Suno Notícias

09 de janeiro, 2023

Como a invasão em Brasília impacta o mercado?

No domingo (8), manifestantes extremistas invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal em Brasília.

Além das reações políticas, esse cenário de caos também impacta o mercado financeiro.

Na manhã desta segunda (9), o iShares MSCI Brazil Capped ETF (EWZ), que representa o Ibovespa na Bolsa de Nova York, chegou a cair 2,4% no pré-market.

"Devemos esperar que o mercado de ações sofra, os juros subam e o real se desvalorize, ainda que não por muito tempo, como aconteceu em episódios semelhantes em outros países", destacou o Itaú BBA.

Para Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, a elevação das incertezas políticas globais "deve levar os investidores a exigirem maiores prêmios de risco nos ativos domésticos, o que deve resultar em dia negativo para o mercado local, com o Ibovespa impactado, também, pela queda no minério de ferro".

"O dólar deve ser o melhor termômetro da piora no sentimento de risco, não só por ser um hedge natural, mas pelo fato de bolsa e as taxas de juros já estarem bastante descontados, o que me leva a crer que a assimetria no câmbio é maior, neste momento", complementou Borsoi.

Segundo o JPMorgan, o principal risco para o Ibovespa é que esses protestos se espalhem pelo país e causem um "efeito cascata" para outros eventos, como uma greve dos caminhoneiros.

Nesta segunda, o Ibovespa oscilou perto da estabilidade variando entre leve alta e queda. O dólar avança 1%.