Suno Notícias

3 de agosto, 2023

O que vai acontecer com os fundos imobiliários e Ibovespa após a queda da Selic?

Queda da Selic

O Copom do Banco Central decidiu realizar o primeiro corte da Selic em cerca de 3 anos. Com isso, os investimentos de renda fixa e de renda variável são impactados. Mas o que acontece com o Ibovespa e os fundos imobiliários, por exemplo?

Segundo Antonio van Moorsel, estrategista-chefe da Acqua Vero Investimentos, a queda da Selic tende a incitar o consumo, pois o crédito fica mais barato.

Assim, os consumidores teriam condições favoráveis para aumentar o consumo de eletrodomésticos e veículos, por exemplo, impactando positivamente a bolsa de valores e o Ibovespa, visto que fundos de ações e multimercados investem nesses ativos.

Já Bruno Musa, economista e sócio da Acqua Vero Investimentos, diz que as empresas do setor de exportação podem ser afetadas negativamente, pois com juros menores a injeção de capital é maior do exterior, o que poderia fazer o dólar cair.

“Partindo desse movimento, devemos observar empresas como Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11), que exportam quase tudo o que é produzido. Além delas, estão Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), que vendem muito, o que pode compensar um pouco uma possível queda”, afirma.

Sobre os fundos imobiliários, Gabriel Barbosa, sócio da TRX Investimentos e gestor do TRXF11, diz que o mercado estava ansioso por esse momento e já vinha se antecipando.

“Quando olhamos a performance dos últimos 4 meses, estamos falando de uma valorização de 15,8% do IFIX, o que é bem relevante para esse modelo de fundo, e mostra que o setor já está se preparando para esse movimento de corte de juros, que deve se iniciar nesta semana”, explicou Barbosa.

Para ele, os fundos imobiliários de tijolo, classe que mais caiu com a escalada dos juros, devem voltar a ter mais protagonismo.

“Os fundos imobiliários de papel performaram muito bem nesse período de alta, pois conseguiram repassar os dividendos. Com esse movimento da Selic, acreditamos que o protagonismo passe para o tijolo, que tem um grande potencial nesse ciclo de corte, com a valorização das cotas da B3”, diz.