Como a conflito entre Rússia e Ucrânia pode afetar a inflação brasileira
A Rússia invadiu a Ucrânia na madrugada de quinta-feira (24) e iniciou a guerra no leste europeu. O impacto econômico do conflito vai ultrapassar fronteiras. O bolso dos brasileiros não deve sair ilesodessa crise
Repórter; Bruno Galvão
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O ataque da Rússia à Ucrânia vai aumentar a inflação de forma global e, consequentemente, diminuir as chances de alívio do ciclo altista de juros pelo Banco Central
Rússia e a Ucrânia estão diretamente ligadas ao fluxo de produção e comercialização de diversas commodities, como grãos, fertilizantes, gás e petróleo, de modo que a invasão deve influenciar na cotação dos preços internacionais
Em 2021, os combustíveis foram um dos piores vilões para o aumento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou acima de 10%
Uma dos principais exportadores de petróleo do mundo, a Rússia possui 3 vezes mais capacidade de produção que o Brasil. Assim, o conflito deve diminuir a oferta da commodity, levando seus preços às alturas
Juntas, as duas nações em guerra respondem por 29% das exportações globais de trigo e 19% do fornecimento mundial de milho
O caso das produções agrícolas é mais delicado do que o do petróleo, pois a janela de produção de milho pela Ucrânia é pequena por causa do clima no país. Um conflito bélico na região pode colocar em xeque toda a safra de milho
Além dos grãos, existe a questão dos fertilizantes, essenciais para a lavoura moderna. A Rússia também é um dos maiores fornecedores globais do produto
O que pode amenizar os riscos inflacionários para o Brasil é o aumento de investidores estrangeiros no país. Isso culminaria na queda do dólar, movimento que foi visto dias atrás
O Brasil também é um grande produtor de petróleo e de milho, como a Rússia, o que pode atrair os investidores e seus recursos, principalmente com o valor dos juros nas alturas
Com a perspectiva de aumento da inflação globalmente com a guerra entre os países do leste europeu, a alta nos preços por aqui deve fazer com que o Banco Central mantenha o seu ciclo altista de juros
"O Brasil é um dos países que mais pagam juros e remuneram seus investidores. Com a questão da escassez de oferta no mercado internacional em meio à guerra,o Brasil se torna um dos países mais atrativos do momento”, afirma Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital