Agronegócio

Fiagro: por que é o melhor momento de investir nesses ativos

Suno Notícias

28 de julho, 2022

Nos últimos anos, o investimento privado no setor do agronegócio operou de forma restrita.

Mas a situação mudou em março de 2021, quando foram reguladas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) as diretrizes que dariam lugar a um novo formato de aplicação no setor: o Fundo de Investimento do Agronegócio (Fiagro).

O Fiagro veio para ampliar o acesso do agronegócio brasileiro à captação de recursos, principalmente de investidores pessoa física.

“No meio do ano passado, a CVM fez com que, da mesma forma que o FII, o Fiagro tivesse isenção de imposto de renda", disse Amanda Coura, Head de Produtos Estruturados da Suno Asset.

Com essa nova decisão da CVM, se abriu um mar de oportunidades para as gestoras lançarem fundos que apostam no segmento agro e que tenham todo esse benefício, esse apelo para o investidor pessoa física”, afirmou Coura.

Hoje, os fundos agro somam um patrimônio de quase R$ 3 bilhões, com mais de 50 mil investidores apostando nessa classe de ativos. Segundo dados oficiais da B3, 98% dos investidores são pessoas físicas.

A média do valor investido é de R$ 20 mil. Além disso, desde que o Fiagro foi lançado oficialmente, o número de investidores cresceu 419%.

Há 3 tipos de Fiagro existentes - FIP, FIDC e FII. O último é o que tem ganhado maior relevância, tanto em número de fundos lançados quanto em volume de patrimônio líquido, por ser voltado para investidores em geral.

Para a Amanda, o Fiagro permite uma gama de diversificação muito maior do que simplesmente comprar um LCA ou um CRA, além de ser muito mais acessível.

Outro ponto importante é que o cenário macroeconômico atual mostra um momento oportuno para investir no agronegócio.

Para ela, o setor está em alta com as commodities muito valorizadas, porque esse mercado se fortalece em momentos em que outros setores estão encontrando mais dificuldades para superar as crises.

Fatores como a guerra, que faz com que a Ucrânia e a Rússia parem de negociar matérias primas e fertilizantes muito importantes para o mundo, colocam o Brasil em uma posição muito forte no mundo para exportar seus commodities de valor.

Amanda Coura afirma que a Suno Asset está se preparando para lançar um Fiagro, para suprir a alta demanda dos investidores.

“O mercado está ansioso para o lançamento do fundo e nós também. O IPO, quando ele vai ficar disponível para o mercado, vai ser em agosto”, revelou ela. Uma das maiores vantagens que o novo fundo vai trazer para o público será uma diversificação mais rica e eficiente.

O novo Fiagro da Suno Asset vai ter a maior parte dele (ao redor de R$ 100 milhões) alocado em CRAs, de forma pulverizada, com pequenos produtores, revendedores, e outros, diversificando a carteira e fomentando a agricultura familiar.

Além disso, o Fiagro surfa em um segmento bastante sólido, o da soja — no qual o Brasil ocupa o primeiro lugar no mundo.

Outro benefício bastante relevante é que o Fiagro da Asset será híbrido, com uma composição de mais de R$ 100 milhões em dívidas e cerca de R$ 25 milhões em terras, que gerarão renda para o fundo com o aluguel mensal e com a valorização da terra em si.

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