Light (LIGT3)

Empresa de sócio de Lemann derrete na bolsa após rebaixamento

Suno Notícias

6 de fevereiro, 2023

A Light (LIGT3), cuja composição societária é integrada por Carlos Alberto Sicupira, foi mais uma das empresas vinculadas a alguém do 'trio' a passar por escrutínio nesta sexta

As ações da Light despencaram 8% em somente uma hora de pregão, a R$ 3 por ação ordinária após a Fitch, uma das maiores agências de risco do mundo, rebaixar drasticamente a classificação da companhia

Em suma, a agência viu um aumento do risco de calote da companhia, então diminuindo seu rating referente às Issuer Default Ratings (ou IDRs) em Moedas Local e Estrangeira

Os especialistas, aliás, citam nominalmente a Americanas - que foi o pivô de um ceticismo quanto à saúde financeira de outras empresas que tem como sócio Lemann, Sicupira, ou Marcel Telles

"O rebaixamento reflete um risco de crédito substancial para a Light no pagamento pontual de principal e juros de suas obrigações após o anúncio de que havia contratado a Laplace Finanças com o objetivo de melhorar sua estrutura de capital, e a estratégia no mercado de crédito mais restritivo, devido à inadimplência da Americanas", diz a Fitch

A nova classificação da Light é de "CCC+", sendo que antes a classificação era de "BB-"

Dentro das descrições da Fitch sobre cada rótulo, agora a Light tem um risco de crédito que representa um "Grau Extremamente Especulativo", sendo a 6ª pior classificação dentre 22 rótulos possíveis

A companhia, em seu último resultado trimestral - referente ao terceiro trimestre de 2022 - reportou uma dívida líquida de R$ 8,7 bilhões

No contexto contábil atual, isso representa cerca de três vezes o Ebitda da empresa

Nos últimos 12 meses, segundo dados do Status Invest, a empresa caiu cerca de 70% na bolsa de valores Com isso, teve seu valor de mercado reduzido a R$ 1,22 bilhão Dentre os acionistas da Light estão o fundo Samambaia Master FIA (20% do capital), o fundo Santander PB Fundo de Investimentos em Ações (10%) e a BlackRock (9,2%).