Dólar

Suno Notícias

20 de janeiro, 2023

Dólar em 2023: é hora de comprar fundos, BDRs e ETFs?

Fazer um investimento no exterior e atrelado ao dólar pode ser uma decisão crucial na jornada do investidor, tanto pela complexidade de ter um portfólio com ativos como empresas americanas quanto pela vantagem de reduzir riscos e ter mais conforto financeiro em períodos de alta do dólar ante o real.  

Contudo, muitos investidores têm um dilema recorrente, entre esperar uma janela oportuna para comprar ativos dolarizados quando o dólar cai ou simplesmente tomar a decisão de comprar fundos, BDRs (Recibos de ações empresas negociadas no exterior) ou outros instrumentos para reduzir o risco da sua carteira e surfar altas da moeda americana.

João Daronco, analista de ações da Suno Research, lembra que, independente da cotação, via de regra é importante manter uma parcela do seu patrimônio atrelada ao dólar, uma moeda forte.

Dentre os ativos que o investidor pode acessar e que estão atrelados ao dólar estão: BDRs (Brazilian Depositary Receipts), negociados na bolsa de valores brasileira – Fundos que investem em empresas ou ativos do exterior – ETFs (Exchange-Traded Funds, ou fundos de índice) que replicam o desempenho de ativos internacionais

A decisão de alocação ficará a critério do investidor, que pode realizar o investimento de acordo com o seu perfil e, preferencialmente, sob o conselho de uma casa de análise ou assessor de investimentos.

O economista Paulo Paiva destaca que investir em empresas brasileiras que possuem geração de caixa e geração de receita em dólar também pode ser uma boa alternativa, citando companhias como Vale (VALE3) e Suzano (SUZB3), que têm ações negociadas em bolsa, grande liquidez e pagam dividendos.  

O especialista aponta que a sua preferência, no momento atual, é por fundos, dada a possibilidade de delegar aos gestores a tarefa de alocar melhor a carteira e escolher melhores ativos globais.

Quais BDRs comprar? Entre os BDRs citados pelos analistas do BTG Pactual para o ano de 2023 estão a Visa (VISA34) e a Microsoft (MSFT34).

A tese é de que a multinacional americana de serviços financeiros tem grandes vantagens competitivas e uma forte presença global. Já para a Microsoft, gigante de tecnologia, os analistas apontam que o novo ciclo de crescimento focado em computação na nuvem e aplicações voltadas à inteligência artificial deve beneficiar a empresa é um fator relevante.