O pagamento dos corretores do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está atrasado, segundo informações apuradas pelo UOL e pelo Estado de Minas.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV), que contratou cerca de 3 mil professores para corrigir as redações, ainda não efetuou o pagamento, que deveria ter sido liberado até março.
Os corretores, que recebem R$ 3 por redação corrigida, reclamam das condições de trabalho.
Eles também afirmam que acumularam um número maior de correções para ter retornos financeiros mais significativos.
A FGV diz que ainda não recebeu os valores que deveriam ser repassados para realizar o pagamento dos professores.
A troca de governos teria causado pequenos reflexos no cronograma de conclusão do processamento do exame, segundo a FGV.
Já o Inep, que supervisiona a correção das redações do Enem, afirmou que a responsabilidade pela remuneração dos corretores é da Fundação Getulio Vargas.
Os corretores afirmam que a situação não é nova, e que os atrasos acontecem desde que a FGV assumiu a correção das provas, há quatro anos.
No ano passado, por exemplo, também houve atraso no pagamento. Alguns corretores chegaram a corrigir até 2 mil redações, mas ainda não receberam pelo trabalho prestado.
A FGV chegou a responder um e-mail de cobrança de um dos corretores, dizendo que não tem prazo para quitar o pagamento dos avaliadores.
O Inep afirmou que entrou em contato com a FGV para obter esclarecimentos sobre o serviço e aguarda manifestação.