Banco do Brasil (BBAS3)

Suno Notícias

30 de janeiro, 2023

Por que o Banco do Brasil (BBAS3) é o 'queridinho' dos analistas para 2023

O Banco do Brasil (BBAS3) é praticamente uma unanimidade dentre os analistas de ações que cobrem o setor financeiro

Mesmo com um rali de 23% de alta no acumulado dos primeiros 26 dias de 2023, o banco segue como recomendação de compra na maioria das casas e tem seu preço-alvo ainda acima de R$ 50, na média

Em um compilado de dezembro de 2022, 14 de 16 analistas recomendavam compra das ações do Banco do Brasil, incluindo avaliações de bancos e corretoras como XP, Credit Suisse, JP Morgan e Scotiabank

A média estimada foi de R$ 55,20 de preço-alvo, ao passo que os papéis BBAS3 são negociados na casa dos R$ 40

Renan Manda, analista que cobre o setor financeiro na XP, destaca que o banco é de longe o mais resiliente no setor e tem uma seguridade muito maior em relação aos pares

"O Banco do Brasil acaba tendo menos provisão e a carteira cresce bastante com risco baixo. Isso traz mais receita com menos PDD (Provisão para Devedores Duvidosos), e isso puxa o lucro muito para cima. O BB fica acima do ROE (Retorno sobre Patrimônio) de outros bancos, de 20%. Quando olhamos P/L, o lucro cresceu muito, e o múltiplo continua baixo. Ele parece muito descontado. Historicamente o BB tem desconto em relação aos pares por ser estatal", comenta

Rodrigo Wainberg, head de Ações Brasil da Suno Research, destaca que o baixo risco da carteira de crédito corrobora a tese de otimismo com os papéis da companhia

"O Banco [do Brasil] está crescendo no agro. O crédito rural tem aumentando bastante, ganhado bastante protagonismo. Um banco não precisa acelerar linhas acirradas de crédito - como rotativo, cheque especial e afins - para manter a rentabilidade", segue

Afora a resiliência da carteira de crédito e o risco menor, os dividendos do Banco do Brasil são um dos grandes atrativos para o investimento

A XP estima que o banco pague 11,4% em dividendos (dividend yield) neste ano de 2023, ante 11,9% para o ano que vem Com isso, a companhia elevaria o patamar atual de 10,2%, conforme os dados do Status Invest. Isso porque no acumulado dos últimos 12 meses foram pagos R$ 4,17 por ação ordinária