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29 de junho, 2023

Aspartame é cancerígeno? Veja o que diz a OMS

ADOÇANTE ARTIFICIAL

De acordo com alguns estudos, cerca de 95% dos refrigerantes carbonatados (bebidas efervescentes não alcoólicas) que contêm adoçante usam aspartame.

No dia 14 de julho, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), deve declarar o aspartame como possível cancerígeno. É a primeira vez que o adoçante receberá essa classificação pela Iarc.

O objetivo é fomentar pesquisas para avaliar perigos potenciais, com base em todas as evidências científicas publicadas – sem levar em conta a quantidade que pode ser considerada segura para consumo.

Já o Comitê Misto FAO/OMS de Especialistas em Aditivos Alimentares (JECFA, na sigla em inglês) também está revisando o uso da substância.  A reunião do comitê foi feita no fim de junho e a conclusão dos trabalhos deve ser divulgada no mesmo dia previsto para a declaração da Iarc.

No ano passado, uma pesquisa observacional feita na França com 100 mil adultos mostrou que pessoas que consumiam grandes quantidades de adoçantes artificiais – incluindo aspartame – apresentavam risco ligeiramente maior de ter câncer.

O uso do aspartame é autorizado em todo o mundo por reguladores que revisaram todas as evidências disponíveis.  Os principais fabricantes de alimentos e bebidas defendem o uso do ingrediente há décadas.

Listar o aspartame como um possível carcinógeno tem como objetivo motivar mais pesquisas, segundo fontes que são próximas da Iarc. Isso poderá ajudar agências, consumidores e fabricantes a tirar conclusões mais firmes. Mas também, provavelmente, acenderá o debate mais uma vez sobre o papel da agência, bem como a segurança dos adoçantes em geral.