Em crise, Americanas consegue sobreviver por quatro meses
Em meio a uma crise sem precedentes, a Americanas consegue sobreviver com seu atual estoque por quatro meses.
Para os especialistas ouvidos pelo Estadão, esse é o tempo máximo que a companhia consegueria seguir na ativa sem o reabastecimento das mercadorias.
"Se não houver reabastecimento, vários itens começam a faltar, mesmo antes desse prazo", afirmou Eugênio Foganholo, sócio da Mixxer Desenvolvimento Empresarial.
Fábio Sobreira, analista-chefe da Harami Reserch, destacou que as incertezas em relação aos prazos estão diretamente ligadas às "inconsistências contábeis" apresentadas no balanço da Americanas e a falta de credibilidade dos dados.
"A quebra de estoque já é certa. Qual é o fornecedor que vai querer vender para uma empresa que já está praticamente na 'UTI'?", apontou Ulysses Reis, da Strong Busines School (SBS).
De acordo com o Estadão, a varejista estuda um empréstimo de US$ 2 bilhões. Contudo, será necessário que os acionistas de referência aportem metade desta quantia.
Enquanto o plano de recuperação judicial não é formatado e iniciado, a varejista fica nessa corda bamba para manter sua atividade, pagar funcionários e seguir tendo estoque.