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Suno Notícias

27 de janeiro, 2023

Americanas diz que viveu "catástrofe" por ações dos bancos

Ao pedir a extensão do processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, a Americanas disse que as atitudes dos bancos credores teriam provocado um “efeito catastrófico” na companhia. 

Nesta guerra jurídica vivenciada nas últimas semanas, as instituições financeiras tentam congelar recursos e antecipar dívidas.

O BTG Pactual é apontado pela varejista como o culpado por, supostamente, influenciar os demais credores a também partirem para a guerra.

O banco de André Esteves é um dos mais incisivos na disputa e conseguiu bloquear R$ 1,2 bilhão como garantia do pagamento de parte da dívida graças a uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Com a entrada da ordem de suspensão, outros bancos começaram a bloquear o acesso da Americanas a crédito e recebíveis, drenando um adicional de R$ 3 bilhões (US$ 580 milhões) de caixa que, de outra forma, seria usado para financiar suas atividades comerciais normais”, disse a Americanas na petição.

Com isso, as reservas em caixa de aproximadamente R$ 8 bilhões (US$ 1,55 bilhão) disponíveis no fim de 2022 rapidamente teriam encolhido para “algumas centenas de milhões de reais”, volume insuficiente para cobrir as despesas operacionais da Americanas.

Diante da falta de dinheiro, a Americanas afirmou que “não teve opção” a não ser entrar com um pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro. Procurado pelo Broadcast/Estadão, o BTG não se pronunciou sobre o caso. O pedido de extensão da recuperação judicial da Americanas nos Estados Unidos foi aceito na quinta (26) pelo juiz da Corte de Falências de Nova York, Michael E. Wiles.