Americanas (AMER3)

Suno Notícias

16 de janeiro, 2023

Americanas (AMER3): BTG ataca Lemann e acionistas da varejista na Justiça

O BTG Pactual (BPAC11) fez duros ataques aos acionistas de referência da Americanas (AMER3), Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.

Ao questionar uma decisão judicial que favorece a varejista, o banco de investimento disse que a empresa controlada pelo 3G Capital agiu de má-fé em meio à revelação do rombo bilionário na companhia.

“É o fraudador pedindo às barras da Justiça proteção ‘contra’ a sua própria fraude”, diz um trecho do documento obtido pelo jornal O Estado de São Paulo. Os advogados do BTG Pactual recordam a trajetória do “trio por trás do controle da empresa” e dizem que a Americanas tentou tirar R$ 800 milhões em investimentos do banco horas antes de publicar o fato relevante que apontava um rombo de R$ 20 bilhões, o que seria um ato de má-fé da varejista.

“O objetivo era simplesmente concluir a fraude sem exposição dos verdadeiros atores por trás do fracasso. O escândalo da Americanas não se trata de um rombo recente, mas construído ano a ano há mais de década, tudo parte de um plano engendrado para lucrar às custas de todo o mercado financeiro e sair ileso, com bens blindados no exterior”, afirma a defesa do banco, feita pelos escritórios Galdino&Coelho Pimenta Takemi Ayoub e FCDG Ferro, Castro Neves, Daltro & Gomide.

Na semana passada, a Americanas conseguiu uma proteção judicial contra a antecipação do pagamento das dívidas pelos credores. 

O BTG questionou a decisão na Justiça, mas teve o pedido para apreciar o caso durante o plantão judiciário negado pelo desembargador Luiz Roldão de Freitas Gomes Filho, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Neste documento rejeitado pela Justiça, o banco fez os ataques ao trio Lemann, Telles e Sicupira.

Briga entre BTG e Americanas Em 38 páginas, o BTG Pactual critica a Americanas por pedir não apenas a suspensão da exigibilidade de obrigações e o congelamento de vencimentos antecipados, mas também os que já foram feitos, para que fossem “desfeitos”, com a devolução de mais de R$ 1,2 bilhão que o BTG tinha recebido, o que representa apenas uma fração do crédito em aberto.

Posicionamento da Americanas Em nota a respeito da liminar do BTG, a Americanas voltou a dizer que a medida cautelar visa a sustentação jurídica necessária para que tanto a Americanas como os credores possam chegar a um possível acordo. “A Americanas reitera a importância da manutenção da liminar, apesar da tentativa de suspensão, o que poderia gerar assimetria entre os seus credores, inclusive bancos, e não ajudaria no processo.” Com Estadão Conteúdo