Warren recebe aporte de R$ 300 milhões e investirá em tecnologia e M&A
A Warren, corretora e gestora de patrimônio fundada em 2017, recebeu mais uma rodada de investimentos. O aporte de R$ 300 milhões, o terceiro e maior da história da empresa, foi liderado pelo GIC, fundo soberano de Singapura.
O investidor global, que já passou por Nubank, Sankhya Hotmart e VR Benefícios, foi acompanhado por Ribbit Capital, Kaszek, Chromo Invest, Meli Fund e Quartz. A Warren diz que o valor será destinado para a área de tecnologia e potenciais aquisições “que possam agregar ainda mais à experiência completa que a empresa oferece”.
“Levaremos a nossa mensagem com muito mais força para nossos clientes e parceiros de negócios. No Brasil, somos os únicos a oferecer total transparência com o cliente”, afirma o CEO Tito Gusmão em nota. “Todos os outros ainda trabalham com um modelo que não trata o interesse do cliente como prioridade. Isso precisa acabar e a Warren já tomou a frente nisso.”
A transação, segundo Gusmão, demonstra que a corretora possui um modelo de negócio alinhado e 100% transparente, sem conflito de interesse, com o mercado brasileiro, ao incorporar mais um fundo global em seu portfólio.
A Warren opera por meio de contas remuneradas, negociações sem corretagem e criação de carteiras com base no suitability dos clientes. Estes e outros serviços são oferecidos em um modelo de taxa única, chamado fee-based.
Warren for Business
Com o caixa cheio, a corretora buscará ampliar uma de suas principais apostas vigente: a Warren for Bussiness, plataforma para profissionais do mercado de investimentos. Parte do novo aporte será direcionado para aprimorar os seus recursos tecnológicos, diz a empresa, que quer atingir a marca de 400 parceiros até o fim de 2021.
O objetivo é que o negócio represente 60% do valor sob gestão da corretora como um todo, que hoje é de 20%. Atualmente, o B2B já conta com 300 profissionais conectados.
O crescimento dessa frente de negócios coincide com a ampliação tanto da presença digital quanto física. Desde sua criação, há quatro anos, a Warren multiplicou por 10 seu valor sob gestão assim como seu número de funcionários, que está por volta de 400. As unidades físicas são nove, em Porto Alegre, São Paulo, Santa Catarina e Paraná.
Enquanto a economia patina em meio às dificuldades impostas pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a Warren viu seus negócios crescerem. Em 2020, a corretora passou a operar com wealth management, saindo de R$ 500 milhões sob gestão no ano passado para R$ 5 bilhões atualmente, querendo dobrar esse montante até o fim deste ano.
Do pequeno ao grande investidor
Esse foi o terceiro aporte recebido pela Warren. O primeiro, em 2019, foi de R$ 25 milhões e no ano passado a companhia recebeu mais R$ 120 milhões. Enquanto a empresa foca em diversificar suas áreas de atuação, investidores do Vale do Silício olham para a corretora como uma grande oportunidade de atingir nichos diferentes do mercado.
“O novo aporte permitirá que a Warren amplie ainda mais a oferta de produtos e serviços, trazendo uma solução completa ao investidor, seja ele pequeno ou grande”, disse Tiago Wallau Kretzmann, sócio da Chromo Invest.
“Nós apoiamos e investimos há muitos anos na transformação que a Warren vem fazendo no mercado financeiro, trazendo uma nova forma de investir alinhada com os interesses do cliente.”
Para os investidores, mais do que nunca as pessoas precisam contar com instituições que coloquem os interesses dos clientes em primeiro lugar, como diz o co-fundador e sócio da Kaszek, Nicolas Berman. A Warren propõe soluções para cada momento da vida do investidor, seja ele iniciante ou experiente no mercado de investimentos — e ainda devolve 100% de cashback em produtos de terceiros.
