A WarnerMedia, empresa da AT&T, planeja uma reestruturação que tem o objetivo de reduzir os custos em até 20%, já que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) tem prejudicado a receita de ingressos de cinema, assinaturas de cabo e anúncios de TV. A notícia foi divulgada nesta quinta-feira (8) pelo jornal “The Wall Street Journal”.
Esta é a segunda onda de cortes substanciais na empresa, depois que a WarnerMedia demitiu mais de 500 funcionários na Warner Bros em agosto. Além da Warner, algumas concorrentes como a Walt Disney Co (NYSE: DIS) e a NBCUniversal também cortaram empregos nos últimos meses, devido às dificuldades do setor de filmes e TV diante à crise da Covid-19.
As mudanças que devem ocorrer nas próximas semanas, levarão à milhares de demissões em estúdios da Warner Bros e canais de TV como HBO, TBS e TNT, informaram pessoas familiarizadas com o assunto para o WSJ.
“Como o resto da indústria do entretenimento, não ficamos imunes ao impacto significativo da pandemia”, declarou um porta-voz da WarnerMedia, relatando que a empresa reordenaria suas operações para se concentrar nas oportunidades de crescimento. “Estamos no meio desse processo e vai envolver mais investimentos em áreas prioritárias e, infelizmente, reduções em outras”.
O presidente-executivo da AT&T, John Stankey, disse em uma entrevista recente ao The Wall Street Journal que as apostas na mídia da empresa levarão anos para valer a pena, mas foram as escolhas certas a longo prazo. Ressaltando também que a empresa estava revisando todas as suas operações. “Não há nada sagrado em nenhum lugar do negócio”, disse Stankey. “WarnerMedia não é exceção a isso.”
A AT&T concordou em pagar cerca de US $ 85 bilhões pela Time Warner em 2016, mas o negócio foi suspenso por quase dois anos por um desafio antitruste federal. As ações da AT&T caíram cerca de 28% até ao momento, ficando atrás de rivais como a Comcast e perdendo a corrida recorde do mercado de ações.
Cade aprova operação de compra da HBO Brasil pela AT&T Warner Media
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou no dia 15 de abril deste ano a compra de parcela remanescente da HBO Brasil Partners pela AT&T Warner Media.
O negócio em questão envolveu a os canais de televisão por assinatura do serviço da marca HBO Brasil. A AT&T já detinha 88,2% de participação na HBO Brasil Partners. Dessa forma, a empresa compradora passou a possuir 100% de participação societária. Nesse sentido, o Cade avaliou que a operação não elevaria o controle da companhia sobre o mercado de televisão por assinatura no Brasil.
O relatório aponta que a AT&T possui mais de 20%, no setor de filmes e de séries envolve assinaturas. Entretanto, neste mercado há competitividade com serviços como GloboPlay e Fox Premium. Desse modo, o Cade identificou que a compra da parcela dos canais da HBO Brasil não deverá prejudicar a competitividade entre as companhias que atuam no segmento.
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A autarquia analisa esse setor de mercado considerando a totalidade dos canais de televisão por assinatura em conjunto. Ou, ainda, segmentando os canais de acordo com o gênero da programação, que compreende filmes, séries, apresentações infantis, esportes, variedades ou outros programas.
“A operação não altera as condições concorrenciais no mercado de licenciamento e distribuição de televisão por assinatura, podendo ser aprovada”, explicou o superintendente Alexandre Cordeiro Macedo, em despacho que aprovou a operação de compra da fatia restante da HBO pela WarnerMedia.
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