A empresa calçadista brasileira Vulcabras Azaleia (VULC3) comunicou nesta quinta-feira (24) o licenciamento da marca Azaleia para a Grendene (GRND3) para a produção e venda de calçados femininos.
Dessa forma, com o acordo, a companhia passará a utilizar a marca Azaleia, sendo responsável inclusive pelos designs dos acessórios. O licenciamento é válido pelo período de três anos, contando ainda com possibilidade de renovação por igual período, contemplando o Brasil e o exterior, com exceção do Peru, Chile e Colômbia.
“Não há e não haverá qualquer solidariedade entre a companhia e a Grendene com relação às respectivas atividades e obrigações junto a quaisquer terceiros”, salientou a Vulcabras, em fato relevante.
A empresa ainda acrescentou que o pagamento pela utilização da marca será efetuado pela Grendene com base em um percentual da receita mensal dos produtos.
“A consumação da operação está em linha com o planejamento estratégico da companhia em concentrar seus esforços no desenvolvimento, fabricação e comercialização de produtos e artigos esportivos”, comunicou a Vulcabras, que, entretanto, seguirá vendendo os calçados femininos apenas no Peru e na Colômbia.
O acordo ocorre dias depois da Vulcabras fechar a compra da operação da marca Mizuno no Brasil, pagando R$ 32,5 milhões à Alpargatas (ALPA4).
Grendene registra prejuízo de R$ 44,4 mi 2T20
A Grendene reportou um prejuízo de R$ 44,4 milhões no segundo trimestre deste ano e um lucro bruto de R$ 23,6 milhões, resultado 84,8% inferior em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A companhia atribuiu os números aos impactos da pandemia do novo coronavírus, destacando que “no segundo trimestre os efeitos foram mais nocivos e intensos”.
A receita líquida da Grendene totalizou R$ 56 milhões, uma queda de 85% na base anual; enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou negativo em R$ 63 milhões, ante lucro de R$ 26,7 milhões no mesmo período de 2019.