A Votorantim fechou o primeiro trimestre de 2019 com um lucro líquido de R$ 4,4 bilhões, ante os R$ 150 milhões registrados em igual período do ano anterior.
De acordo com o comunicado da empresa, a venda da Fibria para o grupo Suzano fez com que a empresa anotasse uma variação tão alta em seu lucro líquido da holding Votorantim S.A., o que compensa os menores resultados operacionais das empresas investidas.
Cimento puxa superávit
Os melhores resultados no setor de cimento no Brasil e na América Latina, somados ao maior volume de vendas de alumínio pela CBA a o efeito de desvalorização cambial nas operações feitas no exterior, fizeram com que a receita da empresa subisse 5% no período, chegando a R$ 6,7 bilhões.
De acordo com a Votorantim, a alta do Ebitda, que é o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, ajustado foi puxada pelo reconhecimento de créditos tributários na Votorantim Cimentos, que se referem a exclusão de ICMS obtendo como base de cálculo o PIS e Cofins.
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No período, o Ebitda registrou uma alta de 8% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 1,2 bilhão.
Além disso, a dívida bruta consolidada do grupo foi reduzida em 17% entre janeiro e março em comparação ao fim de dezembro último, ficando em R$ 20,3 bilhões. De acordo com a empresa, o recuo aconteceu por conta do pré-pagamento de dívidas da VSA e da Votorantim Cimentos no início deste ano.
Após a venda da Fibria, a companhia fechou o trimestre com uma posição de caixa favorável em R$ 10,7 bilhões, diminuindo a dívida líquida em 17% em relação ao fim de 2018, ficando em R$ 10,2 bilhões.
O grupo controla a Votorantim Cimentos, Nexa, CBA, duas empresas de aços longos, Votorantim Energia e um das controladoras na Citrosuco, Banco Votorantim e na holding que controla Ceps e parques eólicos.