O Congresso dos Estados Unidos iniciou um novo confronto com o presidente Donald Trump. Segundo o The Wall Street Journal, os democratas pretendem iniciar a votação do processo de impeachment na Câmara nesta quarta-feira (13), visando responsabilizar o presidente por ter incitado seus apoiadores a invadir o Capitólio.
Os democratas introduziram o artigo que baseia o impeachment nesta segunda-feira e disseram que seguiriam com a votação independentemente do apoio do Partido Republicano. Até agora, poucos partidários do atual presidente apoiaram removê-lo do cargo.
Eles tentaram também pressionar o vice-presidente Mike Pence a invocar a 25ª quinta emenda, que trata da sucessão ao cargo de presidente em caso de o mandatário não poder exercer os poderes, para tentar retirar Trump do posto, mas sem sucesso.
O Partido Democrata deve conseguir aprovar o impeachment de Trump na Câmara, onde, para avançar, é necessário apenas uma maioria simples. No Senado, porém, onde os republicanos são maioria, são necessários dois terços dos votos.
O antigo líder da maioria no Senado, o republicano Mitch McConnell, afirmou que não haveria tempo para o processo de impeachment de Trump ser finalizado até o dia da posse de Joe Biden. O novo líder da casa, o democrata Chuck Schumer, entretanto, pretende chamar os senadores em regime de urgência, para que eles voltem mais cedo, se necessário.
Número de republicanos apoiando impeachment de Trump ainda é baixo
Alguns democratas acham melhor reconsiderar o impeachment de Trump por conta da falta de votos no Senado. Além disso, defendem que o processo deve dividir ainda mais o país.
Alguns republicanos, diferentemente do primeiro processo, em 2019, afirmam que Trump merece alguma culpa pela violência. De acordo com o New York Times, Kevin McCarthy, principal deputado republicano, disse para pessoas próximas que era a favor de certa responsabilização, apesar de ser contra o impeachment.
Doze republicanos, um número ainda baixo, afirmaram estar considerando endossar os democratas no impeachment de Trump. Entre eles, entretanto, há nomes fortes como o Liz Cheney, número três do partido na Câmara.
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