Volume de serviços sobe 1,1% em julho e alcança maior nível em cinco anos, informa IBGE
O volume de serviços prestados subiu 1,1% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta terça (14) pelo IBGE. Trata-se da quarta taxa positiva seguida, acumulando ganhos de 5,8% no período.
Com isso, o volume de serviços do País está 3,9% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e também alcança o patamar mais elevado desde março de 2016.
Na comparação com julho do ano passado, houve aumento de 17,8% no setor, já descontado o efeito da inflação. No acumulado do ano, o setor de serviços cresceu 10,7% frente a igual período do ano anterior. Em 12 meses, alta de 2,9%.
O resultado de julho veio igual à mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, do Estadão. Eles previam uma alta entre 0,5% a 2,5%. Já na comparação anual, as previsões eram de uma elevação de 16,1% a 20,2%, com mediana positiva de 18,0%.
O IBGE também informou nesta terça que o resultado do volume de serviços prestados de junho ante maio passou por revisão e saiu de uma alta de 1,7% para 1,8%.
Principais serviços de julho
O resultado do setor em julho foi impulsionado por duas das cinco atividades, em especial, pelos serviços prestados às famílias (3,8%), que acumulam ganho de 38,4% entre abril e julho.
Já os serviços profissionais, administrativos e complementares avançaram 0,6%, com crescimento de 4,3% nos últimos três meses. Superaram, pela primeira vez, o patamar pré-pandemia, ficando 0,5% acima de fevereiro de 2020.
“Essas duas atividades são justamente aquelas que mais perderam nos meses mais agudos da pandemia. São as atividades com serviços de caráter presencial que vêm, paulatinamente, com a flexibilização e o avanço da vacinação, tentando recuperar a perda ocasionada entre março e maio do ano passado”, explica o analista da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Para Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, o resultado veio em linha com o esperado e se soma ao bom desempenho do setor de comércio, divulgado na semana passada.
“O bom desempenho do setor de comércio verificado na semana passada, somado ao resultado em linha observado em serviços (peso mais relevante no PIB brasileiro) nos fez manter a cautela e a perspectiva de crescimento em 4,6% para 2021 permanece”, diz em nota.
Contudo, o economista ressalta que se trata apenas dos primeiros dados do 3T21 e deixa em aberto a possibilidade de revisar a projeção para 2021 no futuro.
No geral, os resultados do mês de julho, por setores, foram:
- serviços prestados às famílias (3,8%),
- profissionais, administrativos e complementares (0,6%),
- outros serviços (-0,5%)
- informação e comunicação (-0,4%).
- transportes, serviços auxiliares e correio (-0,2%),
A receita bruta nominal do setor de serviços subiu 1,5% em julho ante junho. Na comparação com julho de 2020, houve avanço de 21,5% na receita nominal.
Com informações de Estadão Conteúdo.