Volume de serviços avança 1,2% em maio e sobe 23% na base anual, diz IBGE
O volume de serviços avançou 1,2% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações da Pesquisa Mensal de Serviços foram divulgadas nesta terça-feira (13).
No mês anterior, o resultado do indicador foi revisto de uma alta de 0,7% para avanço de 1,3%. O resultado de maio ficou dentro das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam uma alta entre 0,30% a 2,00%, com mediana positiva de 1,00%.
Na base anual, em comparação com maio de 2020, houve elevação de 23%, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, as previsões para o volume de serviços eram de uma elevação de 20,60% a 24,40%, com mediana positiva de 21,85%.
“O setor vinha mostrando boa recuperação, mas, em março, com um novo agravamento do número de casos de Covid-19, governadores e prefeitos de diversos locais do país voltaram a adotar medidas mais restritivas, afetando o funcionamento das empresas de serviços”, comentou Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.
“Em abril e maio essas medidas começam a ser relaxadas e o setor volta a crescer”, salientou.
A taxa acumulada no ano de 2021 foi de elevação de 7,3%. Em 12 meses, os serviços acumulam queda de 2,2%. A receita bruta nominal do setor de serviços subiu 1,1% em maio ante abril.
Na comparação com maio de 2020, houve avanço de 25,4% na receita nominal. Com o resultado, o setor atingiu, pela segunda vez neste ano, o patamar pré-pandemia.
Ressalvas sobre o volume de serviços
Embora o resultado apresentado na pesquisa tenha ficado em linha com as expectativas, o mercado faz ressalvas quanto aos números.
“Vale destacar que a base de referência estava extremamente deprimida na ocasião [maio de 2020], reflexo da restrição de mobilidade imposto pela pandemia”, comenta Étore Sanchez , economista-chefe da Ativa Investimentos.
O economista destaca os serviços prestados às famílias, com alta de 17,9% mês a mês, e de transportes, com avanço de 3,7%.
“A expansão nos transportes tem muito a ver com a queda no preço das passagens aéreas, além do aumento da demanda por esse serviço”, diz Lobo. Por outro lado, os serviços de informação e comunicação recuaram -1,0% na mesma base de comparação.
Regionalmente, 23 das 27 as unidades federativas assinalaram expansão no volume de serviços em maio de 2021 na comparação com abril.
Com informações do Estadão Conteúdo.