Volkswagen coloca 800 trabalhadores em lay-off em Taubaté
A Volkswagen decidiu colocar em lay-off 800 trabalhadores de sua fábrica em Taubaté, interior de São Paulo. Essa medida de suspensão temporária de contratos estava inicialmente prevista para junho, mas havia sido adiada com o anúncio do programa governamental de incentivo à compra de carros.
A fábrica de Taubaté emprega cerca de 3 mil funcionários e produz o modelo Polo Track, um líder das vendas de junho, beneficiado pelo programa.
A indústria automobilística no Brasil enfrenta desafios diante da baixa demanda por veículos e do esgotamento dos recursos destinados aos incentivos fiscais do programa do governo federal. Além da Volkswagen, a Mercedes-Benz anunciou medidas para lidar com a situação.
Mercedes-Benz estende retorno de funcionários em São Bernardo do Campo
A montadora alemã Mercedes-Benz também passa por dificuldades no Brasil, devido à baixa demanda por veículos comerciais, especialmente caminhões, e decidiu estender por mais um mês o retorno de 1,2 mil funcionários em sua fábrica em São Bernardo do Campo, São Paulo.
Esses funcionários estavam com contratos suspensos desde maio e deveriam retornar no fim deste mês.
Enquanto a Volkswagen adota medidas de flexibilização na sua produção com os lay-offs, a Mercedes-Benz estende a suspensão de contratos. As ações são reflexos do cenário que a indústria automobilística vem sofrendo, com a baixa demanda e necessidade de ajustes nas operações.
Programa de incentivo esgota recursos destinados aos automóveis
O programa do governo federal destinou R$ 800 milhões em incentivos para a compra de automóveis de até R$ 120 mil. No entanto, o valor destinado ao desconto acabou rapidamente em razão da intensa procura.
No caso dos caminhões e ônibus, houve sobra de verba destinada ao desconto, pois os consumidores não demonstraram interesse. A Mercedes-Benz concluiu a venda de 6 caminhões pelo programa e 150 ônibus.
Em nota oficial, a Volkswagen confirmou que protocolou lay-off para um turno de produção, a princípio com duração de dois meses. A empresa afirma que “a ferramenta de flexibilização está prevista em acordo coletivo firmado entre o sindicato e colaboradores da Volkswagen”.
Com informações de Estadão Conteúdo.