A Volkswagen informou nessa terça-feira (15) que a maioria de seus funcionários aprovou a proposta de abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) que objetiva cortar em 35% o número de trabalhadores da companhia, ao passo que os funcionários que continuarem no grupo terão garantia de emprego até 2025. A decisão aconteceu durante uma assembléia no pátio da fábrica em São Bernardo do Campo.
Além disso, a proposta da Volkswagen contempla a adoção de suspensão de contratos de trabalho (lay-off) por até dez meses com salários menores em comparação aos que pagos até agora, além do congelamento de reajuste salarial e mudanças em benefícios.
O programa também destaca que os funcionários com até dez anos de trabalho que aderirem ao plano de demissão voluntária terão direito a 25 salários extras, ou seja, além dos que são previstos na rescisão. Nesse sentido, o número de salários depende do tempo de serviço e pode chegar a té 35 salários para os funcionários com mais tempo de empresa.
O presidente da companhia, Pablo Di Si, destacou recentemente que o grupo alemão deixou de produzir 146 mil veículos nesse ano, ante o mesmo período em 2019. Ele apontou que “é um número que equivale a uma fábrica inteira”.
Volkswagen vê excesso de mão de obra no Brasil
A direção da Volkswagen informou em meados de agosto que mantém negociações junto aos sindicados de trabalhadores de suas quatro fábricas no Brasil para discutir um excesso de mão de obra.
A Volkswagen soltou uma nota comunicando que as partes “avaliam em conjunto medidas de flexibilização e revisão de acordos coletivos vigentes para adequação do número de empregados ao nível atual de produção com foco na sustentabilidade das operações no cenário econômico atual, muito impactado pela pandemia”.