Volkswagen projeta investimento de R$ 110 mi em caminhões elétricos

A Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) anunciou que vai investir R$ 110,8 milhões na preparação da linha de montagem da fábrica de Resende, no Rio de Janeiro. A produção em série do caminhão elétrico e-Delivery terá início no segundo semestre do ano que vem.

A Volkswagen já possui um acordo de compra de 1,6 mil unidades do veículo por parte da fabricante de bebidas Ambev (ABEV3) e de seus distribuidores.

A companhia disponibilizou dois modelos para testes da Ambev que desde o ano passado estão sendo utilizados em serviços de entrega de bebidas em São Paulo. Até o fim deste mês colocará mais 17 unidades para testes de validação no campo de provas da marca e nas ruas.

De acordo com a Volkswagen, os testes realizados pela Ambev até agora, com mais de 15 mil quilômetros percorridos, indicam que deixaram de emitir aproximadamente de 11 toneladas de CO² na atmosfera e foram economizados o equivalente a 3,3 mil litros de diesel.

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Segundo o presidente da VWCO, Roberto Cortes, as aplicações estão inclusas no programa de R$ 1,5 bilhão previsto pela empresa entre 2016 e 2021. Na última quarta-feira, o executivo disse que nesse plano ainda restam R$ 850 milhões a serem investidos.

A maior parte do valor destinado à linha de elétricos tem como origem empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimentos Econômico e Social (BNDES).

Cortes afirmou que os recursos serão destinados à adaptação do centro de desenvolvimento e produção dos veículos e também para seu desenvolvimento e lançamento.

Volkswagen avalia novos projetos e mercado interno

O grupo também avalia a produção de ônibus elétrico e, recentemente, fez parcerias com oito fornecedoras de peças e serviços, os quais integrarão um consórcio modular para a produção de veículos elétricos, nomeado e-Consórcio.

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Dessa forma, replicará o sistema que reúne montadora e principais fornecedores de peças no mesmo complexo. Entre as empresas que que farão parte do e-Consórcio estão:

  • Weg (WEGE3)
  • CATL
  • Moura
  • Bosch
  • Siemens

O CEO espera um crescimento de até 10% para as vendas totais de caminhões no ano que vem, algo entre 110 mil e 113 mil unidades, ainda distante do recorde atingido pelo setor em 2011, quando foram vendidos 172 mil veículos.

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O setor atingiu o pior resultado dos últimos anos em 2016, quando vendeu apenas 50 mil caminhões, e começou uma recuperação em 2018, com crescimento de 46%. Neste ano, a alta deve ficar em torno de 36%, representando aproximadamente 100 mil vendas.

Segundo o presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, a prioridade neste e no próximo ano é a recuperação de margens. “Desde a crise, tivemos resultados negativos em 2014, 2015 e 2016 e começamos a recuperar lentamente a partir da segunda metade de 2017, mas ainda estamos muito aquém das nossas necessidades, inclusive para poder reinvestir”, salienta.

Jader Lazarini

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