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Vivo (VIVT3) e Tim (TIMS3) devem ter resultados “mornos” no 4T22, preveem analistas

Fachada de loja da Vivo (VIVT3). Foto: Divulgação/Vivo

Fachada de loja da Vivo (VIVT3). Foto: Divulgação/Vivo

O Santander acredita que a Vivo (VIVT3) e a Tim (TIMS3) terão resultados “mornos” no quarto trimestre de 2022, com desaceleração de margens no crescimento da receita, contração na lucratividade e um “capex crescente”.

Os analistas do Santander afirmam que a ausência de aumentos de preço no trimestre e recargas pré-pagas mais fracas, devido ao cenário macro volátil, podem impactar negativamente o 4T22 da Vivo e da Tim.

“Na frente do Ebitda [Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização], esperamos que ambas as empresas reportem margens menores anualmente, representando uma ruptura com as tendências observadas no 3T22″, explicaram os analistas.

No 4T21, a Vivo apresentou margem Ebitda recorrente de 42,9%, enquanto a Tim obteve margem Ebitda de 51,0%.

O lucro líquido da Vivo e da Tim pode permanecer pressionado por um alto nível de depreciação, exaustão e amortização e despesas financeiras, diz o Santander.

A Tim, no entanto, deve ter uma desaceleração mais significativa do que a Vivo no trimestre. É que para a Tim é projetado um crescimento menor, principalmente no segmento móvel. Os analistas observam que os resultados da Tim podem ser pressionados por um baixo nível de adições líquidas de assinantes e pela dinâmica mais fraca do pré-pago.

Por fim, o Santander espera que as tendências operacionais da Vivo e da Tim devem eventualmente melhorar com a consolidação de sinergias, mais aparentes apenas a partir do segundo semestre de 2023.

Projeções do 4T22 da Tim

O Santander espera que a TIm reporte uma receita líquida de R$ 5,8 bilhões no quarto trimestre de 2022, 21% maior na comparação anual.

O Ebitda no trimestre da Tim deve ser de R$ 2,9 bilhões, implicando um crescimento de 19% contra o 4T21 e margem Ebitda de 50%, contração de 100 pontos-base na mesma comparação.,

O lucro líquido da Tim deve atingir R$ 414 milhões, representando uma queda de 46% em relação ao ano anterior.

Por fim, projetam capex de R$ 1,5 bi, levando a Tim a fechar o ano de 2022 no patamar de R$ 4,8 bilhões, em linha com o guidance.

Abaixo, veja as estimativas do Santander versus o consenso de mercado para os resultados (em R$):

Fonte: Santander

Projeções do 4T22 da Vivo

O Santander espera a Vivo reporte uma receita líquida de R$ 12,5 bilhões no 4T22, implicando um crescimento de 9% anualmente.

“Do ponto de vista da unidade de negócios, esperamos que o empresa apresente crescimento um pouco menor no segmento móvel, enquanto a fixa deve apresentar tendências semelhantes às do 3T22”, ressaltou o Santander.

Além disso, a Vivo deve reportar um Ebitda de R$ 5,3 bilhões com margem de 42,3%, queda de 60 pontos-base na comparação anual.

Para o lucro líquido, projetam que a Vivo reporte R$ 1,1 bilhão, também pressionado por maiores depreciação e amortização e despesas financeiras.

Por fim, acreditam que o capex da Vivo pode ser um “fator negativo surpresa” no quarto trimestre, pressionado pelo lançamento de 5G e expansão de FTTH (Fiber to the home ou Fibra para a residência).

Assim, o capex deve totalizar R$ 2,5 bilhões, levando a Vivo a fechar o ano de 2022 no patamar de R$ 9,5 bilhões.

Abaixo, veja as estimativas do Santander versus o consenso de mercado para os resultados (em R$):

Fonte: Santander

Cotação

As ações da Vivo fecharam esta segunda-feira (9) em queda de 0,31%, cotadas a R$ 38,10 e as da Tim subiram 0,084%, cotadas a R$ 11,95.

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