Vivo (VIVT3), TIM (TIMS3) e Claro defendem compra da Oi (OIBR3)
A Oi (OIBR3) e o consórcio Vivo, da Telefônica (VIVT3), TIM (TIMS3) e Claro encaminharam nesta semana ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) manifestações para rebater as críticas que sofrem de agentes de mercado contrários à transação entre as empresas.
O consórcio Vivo, TIM e Claro pediu ao Cade que a transação seja aprovada sem restrições, pois envolve, na sua visão, o melhor arranjo competitivo possível e “não gera preocupações concorrenciais”. As teles disseram que será mantida “intensa rivalidade” no mercado de internet e telefonia móveis, sem poder coordenado entre elas, uma vez que o setor é inovador, dinâmico e competitivo.
O trio lembrou que está ocorrendo uma saída voluntária da Oi do ramo após perder capacidade de investir e rivalizar e a divisão dos ativos será feita dentro dos limites de radiofrequência que cada empresa pode deter.
Além disso, acrescentam que não houve uma proposta alternativa de compra da Oi Móvel além delas. Vale lembrar que a Highline do Brasil chegou a fazer proposta vinculante, mas acabou desistindo de participar do leilão.
Em uma manifestação separada, a Oi disse que a venda das suas redes móveis é essencial para que o grupo continue relevante, concentrando seus recursos para o desenvolvimento da banda larga por fibra óptica.
Oi tem prejuízo de R$ 3,5 bi, ante R$ 6,2 bi no 1T20
A Oi, em recuperação judicial, registrou prejuízo de R$ 3,50 bilhões no primeiro trimestre de 2021. Esse valor representa recuo de 44,2% na comparação com o mesmo período no ano anterior, quando havia registrado prejuízo de R$ 6,28 bilhões. Os dados são atribuídos aos acionistas controladores.
A receita líquida da operadora totalizou R$ 4,4 bilhões, ante R$ 4,7 bilhões nos primeiros três meses do ano passado, portanto, queda de 6,2%. Na análise da empresa, as medidas restritivas, em função da piora do cenário da covid-19, tiveram impacto nas operações do primeiro trimestre, “interrompendo a sequência dos últimos dois trimestres em que a companhia apresentou crescimento sequencial de receita”.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 1,1 bilhão, recuo de 25,7% na comparação com o primeiro trimestre de 2020, quando havia registrado R$ 1,5 bilhão.
Segundo o documento, essa queda no Ebitda é explicada quase que integralmente pela redução da receita, principalmente como reflexo da segunda onda da pandemia, em especial no segmento móvel pré-pago, que compõe as receitas descontinuadas, e no segmento corporativo.
A dívida líquida da companhia avançou 38,8%, para R$ 25,1 bilhões. “A elevação da dívida é decorrente, principalmente, da desvalorização do Real versus o Dólar, de 9,6% no período”.
A Oi a encerrou o trimestre com caixa consolidado de R$ 3 bilhões, uma redução de 33,5% em relação ao quarto trimestre de 2020 e de 52,0% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
Com informações do Estadão Conteúdo