Oi (OIBR3): Vivo (VIVT3), TIM (TIMS3) e Claro querem devolução de R$ 1,74 bilhão

Vivo (VIVT3), Tim (TIMS3) e Claro vão entrar com um processo de arbitragem contra a Oi (OIBR3) para tentar recuperar cerca de R$ 1,739 bilhão na negociação de ativos móveis da operadora em recuperação judicial, conforme informaram as empresas nesta segunda-feira (3).

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A arbitragem contra a Oi é necessário, segundo as companhias, “tendo em vista o manifesto descumprimento pela vendedora de determinados termos do contrato após a troca de notificações acerca do ajuste de preço pós-fechamento”.

No dia 19 de setembro, as companhias informaram ao mercado que haviam aberto disputa contra a Oi devido a discordâncias encontradas no contrato, após uma análise realizada por uma consultoria.

As divergências estavam, principalmente, no capital de giro e dívida liquida, Capex, e ajustes na base de clientes.

O ajuste reivindicado pelas teles, de R$ 3,18 bilhões, não foi acatado pela Oi.

Em fato relevante divulgado ao mercado nesta manhã, a Tim informou que, tendo em vista a “violação expressa” dOi aos termos do contrato, as companhias não tiveram outra alternativa que não a arbitragem.

A Vivo e a Tim afirmaram que continuarão mantendo os seus acionistas e o mercado informados sobre os desenrolares da operação contra a Oi.

Fatos relevantes divulgam arbitragem contra a Oi

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Não conte com dividendos da Vivo em 2023, diz BTG

A Vivo deve ter dificuldade em remunerar seus acionistas no curto prazo após a aquisição da Oi, afirmou o BTG Pactual.

Em relatório divulgado ao mercado, o banco manteve recomendação de compra, mas reduziu o preço-alvo das ações da Vivo de R$ 64 para R$ 50.

Como lucros acumulados da Vivo foram quase 100% pagos, novos dividendos dependerão dos lucros nos próximos trimestres.

Mas, segundo o BTG, a incorporação da Oi, a inflação e as taxas de juros em espiral fizeram com que os lucros da Vivo caíssem no primeiro semestre do ano, o que deve atrapalhar resultados no curto prazo.

O pagamento anual de dividendos da Vivo deve ser de R$ 4,6 bilhões em 2022, R$ 3,5 bilhões em 2023 e R$ 5,1 bilhões em 2024.

O BTG vê a Vivo sendo negociada a um múltiplo EV/Ebitda (indicador que mostra quantos anos seriam necessários para que o lucro operacional da empresa quitasse todos os gastos gerados para comprá-la) de 4,2x no ano que vem.

O número é atrativo, considerando a estimativa de 5,8x para a concorrência em 2023 — menos para a Tim, que opera a um múltiplo de 4,1x.

A Tim também deve entregar um melhor rendimento de dividendos (dividend yield, ou DY) em 2023, de 7%, contra 5% da Vivo.

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Veja cotação das ações

A Tim opera em alta de 1,66%, ao preço de R$12,28. No ano, a ação tem baixa de 2,77%.

Já os papéis da Vivo ganhavam 0,74%, sendo negociados a R$ 40,78. Desde o início de 2022, a ação caiu 14,68%.

As ações da Oi subiam 5,13% às 10h50 desta segunda-feira, sendo negociadas a R$ 0,42. No ano, o papel acumula baixa de 45,33%.

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Laura Intrieri

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