Segundo um relatório do Credit Suisse, o mercado ainda não reagiu devidamente ao fato de que a Vivo deve receber a bolada de cerca de R$3 bilhões em breve – e nem ao fato de que o mesmo pode acontecer com outras empresas de telecomunicações.
A restituição vem da exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e COFINS da empresa a partir de 2014, por uma decisão do STJ. No segundo trimestre, a Vivo já havia recebido mais R$2,5 bilhões, pelo mesmo motivo, referentes ao período de 2003 a 2014.
Segundo os analistas do Credit Suisse, Daniel Federle, Felipe Cheng e Juan Pablo Alba, o mesmo pode e deve ocorrer com outras empresas do setor de telecomunicações, e pode representar uma oportunidade pois, segundo o relatório, os investidores ainda não incluiram essa informação em suas avaliações das empresas.
“Os investidores prestaram muito pouca atenção ao anúncio de crédito fiscal da Vivo no segundo trimestre e não fizeram nenhuma leitura para outras empresas de telecomunicações. Dada a magnitude desses ganhos, acreditamos que este tópico ainda pode ser um catalisador positivo para as ações, à medida que os investidores se familiarizem com o assunto”, apontam.
Para os analistas, a lógica e a matemática para a restituição de cada empresa é a mesma, embora o timing exato de uma decisão do STJ sobre cada uma possa variar consideravelmente.
A Oi prevê uma restituição de cerca de R$2 bilhões, enquanto a Tim não divulga um valor específico. O Credit Suisse estima algo na casa de R$2,1 bilhões, cerca de 8% do valor de mercado da empresa.