A Viveo (VVEO3) estreou em forte alta na B3 nesta segunda-feira (9). Em sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), as ações da empresa operavam com um avanço de 12,50%, negociadas a R$ 22,41, por volta das 10h25.
Na última sexta-feira (6), a Viveo precificou suas ações em R$ 19,92 cada, no piso da faixa indicativa. Com isso, a abertura de capital da companhia movimentou cerca de R$ 2 bilhões.
A operação foi realizada com base na Instrução 476 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ou seja, foi restrita a investidores profissionais. Grandes fundos como Dynamo, Equitas, Brasil Capital e estrangeiros aderiram ao processo e levaram fatias da empresa ligada ao setor de saúde.
Esse foi o caminho encontrado pela empresa para a listagem das ações na Bolsa. Em abril, na primeira tentativa, a empresa cancelou o IPO por conta das condições do mercado à época. Agora, a demanda superou a oferta do IPO em 11 vezes.
A Viveo vendeu os lotes suplementar e adicional, no montante de R$ 450 milhões. Com isso, a empresa chega ao mercado avaliada em R$ 5,7 bilhões.
A empresa será listada no Novo Mercado, mais alto nível de governança corporativa da B3. Os coordenadores do IPO foram JP Morgan (líder), Itaú BBA, BTG Pactual (BPAC11), UBS BB, Bank of America, Bradesco BBI e Safra.
Histórico da Viveo
Fundada há 25 anos pela família Mafra, a Viveo (a qual o nome oficial é CM Hospitalar) surgiu com suas atividades voltadas à exportação e importação de medicamentos.
Desde 2017, a Viveo tem acelerado seu crescimento através de aquisições, incluindo o grupo de higiene pessoal Flexicotton, e empresas como Biogenetix, Vitalab, Byogene, de produtos hospitalares. A lista ainda inclui a fabricante de vacinas Tecnocold e a de fraldas e descartáveis Cremer.
Hoje, a companhia atua na distribuição de materiais médico-hospitalares e medicamentos, em um ecossistema de serviços e produtos desde a fabricação até a entrega.
A empresa também oferece serviços para facilitar a gestão de materiais e medicamentos e atua em canais de venda como hospitais, clínicas, laboratórios, farmácias e atendimento direto ao paciente.
“A companhia acredita ser uma das únicas empresas do setor a investir em frota própria de caminhões para garantir o controle, confiabilidade e a qualidade das entregas”, diz o prospecto da Viveo.
No ano passado, a empresa registrou um lucro líquido de R$ 121,76 milhões, crescimento de 240,6% ante os R$ 35,74 milhões apurados em 2019.
Na mesma base comparativa, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e a receita líquida da Viveo cresceram 138,9% e 47%, atingindo R$ 279,28 milhões e R$ 4,41 bilhões, respectivamente.