Vivara vai estrear na B3 avaliada em R$ 5,67 bilhões
A Vivara (VIVA3) vai estrear na próxima quinta-feira (10) na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). A rede de joalherias terá um valor de mercado de R$ 5,67 bilhões. Na última terça-feira (8), ao final do pregão, a empresa divulgou o preço de R$ 24 por ação.
Segundo o jornal “Valor Econômico”, a varejista alocou o lote adicional de ações inteiro. Dessa forma, a captação total será de R$ 2,04 bilhões em sua oferta pública inicial de ações (IPO). Desses, R$ 455 milhões irão direto para o caixa da rede de joalherias. Os demais R$ 1,59 bilhão será direcionado para a família Kaufman, controladora da Vivara.
Além disso, a oferta ainda pode ser acrescida de até R$ 255 milhões. Esse lote se refere a ações dos controladores. Caso venham a ser oferecidas ao mercado, não fortalecerão o caixa da companhia.
Confira nosso relatório sobre o IPO da Vivara
Segundo uma fonte próxima ao setor, devido a demanda ter excedido em três vezes a oferta, a empresa e as instituições bancárias escolheram dar preferência a nomes de impacto do mercado no livro de reserva, uma decisão que ocorreu em detrimento de forçar o preço mais alto possível e encontrar uma composição acionária menor.
De acordo com a Vivara, investidores de varejo e do segmento private poderiam adquirir até 20% dos papéis, mesmo se fosse definido o preço máximo.
Objetivos da Vivara
A oferta base da Vivara possui 18.894.662 ações ordinárias (ON) e, inicialmente, 51.960.321 ações preferenciais (PN). O lote adicional era de 14.170.996 ações, além do suplementar que seria de até 10.628.247 ações. Os bancos coordenadores da operação foram:
- J.P. Morgan
- Itaú BBA
- Bank of America Merrill Lynch
- XP Investimentos
O objetivo da companhia é utilizar os recursos captados no IPO para a abertura de novas lojas, expansão do seu parque produtivo, investir em inovação. Além disso, a Vivara pretende criar uma nova marca, voltada para classe média, com renda um pouco menor do que o público alvo atual da empresa, uma tentativa de escalar o negócio.
Todavia, após a captação dos recursos, a companhia possui um risco tributário. Cerca de 80% de sua produção ocorre na zona franca de Manaus, sendo assim, qualquer alteração fiscal poderá ter reflexo em sua margem.
Porém, a Vivara acredita que os investidores confiam na força da marca, no potencial aumento das vendas e manutenção da liderança do seu segmento.