Vitória democrata nos EUA pode impulsionar crescimento do PIB brasileiro, diz UBS

A equipe econômica do UBS Brasil divulgou nesta sexta-feira (30) uma análise referente aos impactos de uma possível vitória democrata nos EUA para a economia Brasileira. De acordo com os economistas, caso Joe Biden seja eleito ao cargo de presidente, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve aumentar entre 3,6% e 3,1%.

Segundo o UBS Brasil, a retomada da economia brasileira em 2021 será determinada principalmente por fatores domésticos, como por exemplo com o impasse fiscal, entretanto, o ambiente externo também pode prejudicar ou facilitar o crescimento no período, como principalmente as eleições dos EUA.

A avaliação feita pela equipe econômica prevê cinco diferentes cenários para a expansão do PIB no próximo ano, os quais dependerão do resultado das eleições norte-americanas e do prazo de desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus (Covid-19).

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Além das projeções otimistas diante de uma possível vitória democrata, os economistas esperam que no caso oposto, de uma reeleição de Donald Trump, o crescimento seria de 2,8% em 2021, e de 1,9% em 2022.

“O cenário externo importa para a performance da economia brasileira. O PIB nacional é correlacionado ao ritmo de
crescimento, ou queda, das maiores economias, particularmente China e Estados Unidos”, afirmam os analistas.

“Diferentes resultados da eleição nos EUA e/ou diferentes prazos de aprovação e distribuição de uma vacina vão afetar a economia global”, acrescentam os economistas.

O relatório explica ainda que o ambiente externo pode interferir no Brasil através das condições financeiras, ou seja, taxa de câmbio, preços de commodities e ativos, spreads de juros e prêmio de risco, assim como pelo canal do comércio.

Além dos EUA, vacina também pode interferir no PIB brasileiro

Caso uma vacina seja aprovada até o fim deste ano, os analistas afirmam que o resultado pode ser semelhante à vitória de Biden. “No caso do surgimento rápido de uma vacina, o melhor crescimento mundial poderia acelerar o crescimento brasileiro da nossa estimativa de 3% para 3,5% em 2021”, ao passo que a expansão em 2022 seria de 3,2%.

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Entretanto, no cenário pessimista,  com demora no desenvolvimento e distribuição da vacina contra o coronavírus, o  crescimento cairia para 1,8% no próximo ano, e 2,8% em 2022.

Por último, os economistas destacam que ‘drivers’ domésticos devem ser mais importantes do que o usual para
definir o ritmo do PIB em 2021, o que quer dizer que as decisões tomadas no Brasil serão mais essenciais que a política dos EUA ou do desenvolvimento da vacina, informaram.

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Rafaela La Regina

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