Ghimob, novo vírus de celular, invade aplicativos e rouba dados bancários

Há um novo tipo de vírus, conhecido como Ghimob, que ameaça aplicativos de bancos, fintechs, corretoras da Bolsa de Valores e corretoras de criptomoedas na América Latina, na Europa e África. A identificação do trojan, como é chamado programas maliciosos, foi realizado pela empresa desenvolvedora de soluções de segurança online Kaspersky. O Ghimob pode espionar mais de 110 aplicativos de instituições financeiras no Brasil.

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Segundo a empresa, para que o vírus seja instalado no celular os criminosos enviam campanhas massivas afirmando que a pessoa tem uma dívida com um link para que a vítima tenha acesso a detalhes. A partir do momento em que o trojan é instalado, é enviado uma mensagem aos criminosos com a informação sobre se o smartphone possui bloqueio de segurança e uma lista de aplicativos que o vírus pode atacar.

Os criminosos conseguem desbloquear remotamente o celular da vítima, mesmo que a pessoa tenha senha de bloqueio. Em seguida, o smartphone apresenta uma tela branca, preta ou um site de tela cheia para esconder as atividades que estão sendo realizadas. Essa medida também funciona para roubar informações biométricas. “A tela preta ainda é usada para forçar a vítima a usar biometria para ‘destravar’ a tela e, assim, roubar esta forma de autenticação”, disse o especialista da Kaspersky, Fabio Assolini.

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Além do acesso nas instituições bancárias, o trojan tem como alvo aplicativos de criptmoedas, sistemas internacionais de pagamento e mobile banking.

“Um vírus com alcance global para realizar fraudes era um desejo de longa data dos cibercriminosos latino-americanos. Já tivemos outros, mas estes atuam mais focados no mercado brasileiro. Por isso, o Ghimob é o primeiro trojan para mobile banking brasileiro pronto para ser internacionalizado e acreditamos que isso não vá demorar”, analisou o especialista.

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Poliana Santos

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