A Vinci Partners (NASDAQ: VINP), gestora de recursos brasileira, realizou sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) nesta quinta-feira (28). A companhia levantou US$ 249,7 milhões (cerca de R$ 1,35 bilhão) após precificar suas ações no teto da faixa indicativa, a US$ 18.
Após o início das negociações, contudo, as ações da Vinci Partners passaram a operar em queda. Por volta das 15h45, os papéis caíam 2,11%, para US$ 17,62. O índice da Bolsa de tecnologia norte-americana, por sua vez, opera com uma alta de US$ 1,77, a 13.505,58 pontos.
A Vinci, que une atividades como gestão de fundos, assessoria financeira e private equity, teve uma demanda 14 vezes superior à oferta. O lote base da oferta era de 13,87 milhões de papéis, e o montante pode ser elevado pelo lote suplementar que deve ser exercido pelos bancos participantes, fazendo com que a captação total suba para US$ 287 milhões.
A forte demanda sobre a operação da Vinci demonstra o grande interesse dos investidores estrangeiros sobre gestoras de recursos em mercados emergentes. Na última semana, a Pátria também fez sua listagem na Nasdaq, com uma demanda similar a da Vinci.
A operação contou com uma oferta totalmente primária, ou seja, os recursos líquidos captados com a oferta serão direcionados ao caixa da empresa. A companhia pretende utilizar o capital em fundos e transações estratégicas, de acordo com o documento protocolado na Securities and Exchange Comission (SEC).
Atualmente, a empresa possui R$ 46 bilhões em ativos sob gestão, com oito categorias de negócios diferentes. A margem ajustada está em 52,2%.
A operação contou com a participação de J.P. Morgan, BTG Pactual (BPAC11), Goldman Sachs, Bank of America, Itaú BBA, Credit Suisse e UBS.
Vinci Partners nasce da compra do Pactual pelo BTG
A história da Vinci remonta ao início dos anos 2000, quando o grupo de sócios que hoje toca a empresa administrava a gestora de fundos alternativos do Banco Pactual.
Em 2006, quando o UBS adquiriu o Pactual, o banco suíço criou um braço de gestão de fundos alternativos, que era liderado por Paulo Carvalho de Oliveira, Alessandro Horta e Gilberto Sayão. A vinci foi fundada pelos três quando o Pactual foi vendido aos sócios do BTG.
Hoje, Horta é o CEO da empresa, enquanto Sayão é o presidente do Conselho de Administração, ao passo que Olveira é membro do Conselho.
Sayão continua sendo o maior acionista da Vinci Partners após a abertura de capital, com 26,1% das ações e 77,9% do poder de voto. O grupo dos sócios continua com um poder de voto de 92% e 72% das ações totais, o restante estando em free float.
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