O resultado da Vibra (VBBR3) – ex-BR Distribuidora – no terceiro trimestre deste ano foi “confuso, mas sólido”, segundo análise do BTG Pactual (BPAC11). Apesar disso, o banco reforçou sua recomendação de compra para os papéis da distribuidora de combustível, e estimou um preço-alvo de R$ 35.
A Vibra divulgou ontem (16) seus resultados apurados entre julho e setembroo, quando teve um lucro líquido de R$ 598 milhões, alta de 78,5% na comparação com os R$ 335 milhões reportados no mesmo período de 2020. O ganho ao final de setembro foi 12% menor do que o esperado pelo BTG, conforme mostra relatório.
O BTG avalia que a distribuidora de combustíveis reportou um bom trimestre após vários ajustes não recorrentes.
Além disso, o relatório lembra que as ações da Vibra apresentam uma queda de 15% desde o seu evento “Investor Day”, em 1º de setembro, mas aponta que esse desempenho “não apenas reflete a recente deterioração no ambiente macro do Brasil em meio a taxas crescentes e expectativas de crescimento do PIB mais baixas, mas também as preocupações dos investidores em relação planos da VBBR3 de se tornar um fornecedor múltiplo de energia, o que deve adicionar maiores riscos à história de crescimento.”
O BTG acredita que esse cenário, somado às recentes mudanças na política comercial de combustível da Petrobras (PETR4) “devem diminuir a visibilidade da margem pela qual a empresa (e o setor) se tornaram famosos.”
Por outro lado, o banco completa dizendo que a “VBBR tem executado bem o seu modelo de negócio, com foco em recursos de distribuição e trading, que percebemos como vantagens competitivas de longo prazo no setor. Os resultados do terceiro trimestre também atestam isso e devem ser bem-vindos.”
Cotação da ação da Vibra (VBBR3)
No fechamento dessa quarta-feira (17), a ação da Vibra (VBBR3) caiu 1,57%, valendo R$ 21,98. No ano, o papel da maior distribuidora de combustíveis e lubrificantes do Brasil acumula uma queda de 0,67%, frente ao fechamento a R$ 22,23 ao final de dezembro de 2020.