A Vibra (VBBR3) negou a proposta de combinação de negócios apresentada pela Eneva (ENEV3) no dia 26 de novembro de 2023, conforme comunicado pela empresa nesta terça-feira (28).
Após a análise da proposta pelo conselho de administração, a Vibra destacou em seu comunicado que essa relação de troca proposta é “injustificável”.
“Fica evidente que os termos de troca propostos para a combinação pretendida pela Eneva não possuem qualquer atratividade para os acionistas da Vibra. Não entramos no mérito estratégico de uma possível fusão neste momento”, explica o comunicado.
Apesar disso, a empresa diz que é importante ter um maior esclarecimento sobre o modelo de governança pretendido, no caso da combinação de negócios de Vibra e Eneva ser eventualmente consumada em algum momento.
“Acreditamos muito na relevância de uma sólida estrutura de governança, porque aí reside boa parte do valor a ser criado”, afirma a companhia.
Mesmo com a recusa, o conselho de administração pretende avaliar futuras novas manifestações da Eneva, desde que a empresa melhore de forma relevante os termos de sua proposta.
Detalhes sobre a Vibra
A Vibra destacou os principais pontos positivos da empresa nos últimos tempos e afirma que “tem tido reconhecido sucesso ao longo dos últimos anos na construção e aperfeiçoamento de uma das melhores e mais eficientes plataformas diversificadas de energia do Brasil”.
No negócio principal da companhia, que é o de distribuição de combustíveis, a empresa é a atual líder de mercado. Ela conta com mais de 8.000 postos revendedores no Brasil e aproximadamente 20.000 clientes na plataforma corporativa.
Dentre os destaques da Vibra nos últimos tempos, ela coloca a expansão da maior fábrica de lubrificantes do Brasil, o crescimento da penetração dos produtos aditivados e de sua atuação no segmento agro brasileiro, assim como a consolidação de sua estratégia de energia renovável por meio da Comerc.
Resultados da Vibra
No terceiro trimestre de 2023 (3T23), o Ebtida ajustado da Vibra foi de R$ 5,4 bilhões nos últimos 12 meses, com dívida líquida/Ebtida de 1,9 vez, atingindo um valor de mercado de aproximadamente R$ 25 bilhões.
As ações da Vibra contam com uma forte liquidez diária de aproximadamente R$ 200 milhões.
“Estamos convictos, portanto, que reunimos escala, equipe e fortalezas financeiras para alimentar nossos vetores de crescimento estratégico e atender nossos clientes tanto em nosso principal negócio, quanto em novos segmentos voltados para novas fontes de energia, conveniência e mobilidade”, conclui o comunicado da Vibra.