A Vibra (VBBR3), ex-BR Distribuidora, reportou nesta terça-feira (22) um lucro líquido de R$ 1 bilhão no quarto trimestre de 2021, queda de 67,4% a menos ante o mesmo período em 2020.
No acumulado do ano, o lucro líquido da Vibra somou R$ 2,5 bilhões, 36,1% a menos na comparação a 2020, de R$ 3,9 bilhões. A Vibra destacou que o lucro líquido teria apresentado uma expansão de aproximadamente 35% em 2021, se excluísse o efeito da contribuição positiva da primeira remensuração de passivos decorrentes da mudança dos planos de saúde, no valor de R$ 2,1 bilhões, no 4T20.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado da Vibra foi de R$ 1,6 bilhão, leve queda de 1,1% ante 4T20. Já a margem Ebitda ajustada ficou em 4,1%, queda de 2,6 pontos percentuais ao número do ano anterior, de 6,7%.
De janeiro a dezembro, os Ebitda ajustado ficou em R$ 4.9 bilhões, alta de 30,8%. A margem ajustada ficou em 3,8% no total do ano, uma queda de 0,8 ponto percentual ante mesmo período de 2020.
A receita líquida aumentou 61,6% no trimestre, alcançando R$ 39,2 bilhões. No acumulado do ano, o montante foi de R$ 130,1 bilhões, 59,7% a mais na comparação anual.
O volume de vendas, no entanto, sofreu uma redução de 3,4% no 4T21, no total de R$ 9,9 bilhões, principalmente em razão das menores vendas de coque (-85%) e ciclo Otto (-5%), parcialmente compensados por maiores volumes de diesel (+6%), combustíveis de aviação (+31%) e óleo combustíveis (+27%, térmicas). De janeiro a dezembro, foram R$ 38,4 bilhões em vendas, um crescimento de 4,7% contra 2020.
As despesas operacionais ajustadas foram de R$ 758 milhões no 4T21. Sem o efeito do resultado com o hedge de commodities e gastos com CBIOS, totalizam R$ 638 milhões.
Em relação ao lucro bruto, na comparação na base anual, observa-se um aumento de 42,1%, em razão de maiores ganhos com inventários e maiores margens médias de comercialização, de acordo com a Vibra.
Ao se considerar o consolidado de 2021, o lucro bruto cresceu 53,7%, chegando a R$ 6,8 bilhões. Isso ocorreu principalmente em função da recuperação parcial do volume de vendas, “com ganho de market share em todos os segmentos, acompanhada de uma evolução positiva da margem média de comercialização, alavancada pelo maior fornecimento de óleo combustível para as térmicas emergenciais”, diz a empresa, em apresentação.
Cotação da Vibra
Nesta terça, os papéis da Vibra fecharam estáveis, cotados a R$ 24,06. Nos últimos doze meses, os ativos acumularam alta de 10,82%.