A Eneva (ENEV3) apresentou ao conselho de administração da Vibra Energia (VBBR3), no domingo (26), uma proposta de fusão entre as empresas.
Nesta segunda (27) a Vibra confirmou o recebimento da proposta por meio de fato relevante. A companhia disse que ‘analisará o conteúdo da proposta’.
A oferta contempla dois cenários: a incorporação das ações da Eneva pela Vibra ou a criação de uma nova companhia que concentraria as operações dos grupos.
Ambos os cenários resultariam em um equilíbrio acionário de 50% entre as empresas.
A proposta é não vinculativa, ou seja, não estabelece qualquer condição ou compromisso entre as partes.
Caso a fusão entre Vibra e Eneva seja concretizada, a nova empresa atingiria um valor de mercado próximo de R$ 50 bilhões, tornando-se a terceira maior companhia de energia na bolsa, ficando atrás apenas da Petrobras (PETR4) e da Eletrobras (ELET3).
A Eneva é uma das principais empresas do setor de energia no país, possuindo um portfólio robusto de geração elétrica e forte presença na exploração de óleo e gás.
Atualmente, é a maior produtora independente de gás natural no Brasil. Por outro lado, a Vibra Energia é a maior rede de postos de combustíveis do Brasil, originada a partir da privatização da BR Distribuidora, braço da Petrobras (PETR4) na distribuição de combustíveis.
Ambas as empresas têm um acionista em comum, a Dynamo, que detém 10,77% na Eneva e 10,28% na Vibra.
Em comunicado, a Eneva destacou que a fusão representa uma grande oportunidade para criar uma estrutura sólida, acomodando as operações por meio de sinergias únicas. A proposta tem validade de 15 dias.
“A Eneva entende que uma fusão de iguais com Vibra representa uma oportunidade ímpar para as empresas e seus acionistas, tendo um sólido racional estratégico considerando, inclusive, a complementaridade dos negócios das companhias, e, se efetivada, poderá implicar em ganhos significativos de eficiência e de alocação de capital”, destaca o comunicado.
A proposta conta com o suporte do BTG Pactual, que informou ao conselho de administração da Eneva que pretende concentrar investimentos em geração de energia na empresa resultante da fusão. O banco afirma que a combinação de negócios desbloqueará uma contribuição de R$ 2,5 bilhões através da inserção do portfólio de geração térmica do BTG na nova empresa.
Reação do mercado à fusão de Eneva e Vibra
Nesta segunda (27), em resposta à proposta, as ações da Eneva tiveram uma alta de 1,99% na abertura do mercado, sendo negociadas a R$ 13,33. Mas fecharam em queda de 2,52%. Já as ações da Vibra iniciaram a semana com uma baixa de 2,43%, vendidas a R$ 21,69.