O presidente da Vibra Energia (VBBR3), Wilson Pinto Ferreira Júnior, deve deixar o cargo após comunicar a gestão da companhia que tem intenção de se desligar da empresa.
A informação foi revelada em fato relevante arquivado pela Vibra na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na manhã desta quarta-feira (20).
“A companhia esclarece que iniciará os trâmites relacionados à sucessão do Diretor Presidente e reforça o seu compromisso de conduzir o processo de forma organizada, célere e harmoniosa, seguindo as melhores práticas de processos desta natureza”, diz o comunicado sobre a saída do presidente da Vibra.
Wilson Ferreira deve permanecer no cargo até a data do seu desligamento, ainda não definida. A companhia deve divulgar o dia em comunicado.
O executivo assumiu o cargo de CEO da Vibra ainda no início do ano passado, vindo do comando da Eletrobras (ELET3). Antes, Wilson Ferreira havia presidido a CPFL (CPFE3), de 2002 até o ano de 2016 – quando Michel Temer (MDB) o convidou para presidir a elétrica, que à época era estatal.
Durante o fim de semana o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, noticiou que Wilson Ferreira estaria em conversas para justamente voltar à presidência da Eletrobras.
O Radar Econômico da Veja também citou que Wilson Ferreira será o novo presidente da Eletrobras após deixar de ser CEO da Vibra para “buscar novos desafios em sua trajetória profissional”.
O executivo foi um dos responsáveis para balizar a privatização da Eletrobras.
Analistas do Bradesco BBI citaram, após a divulgação das notícias, que a volta de Wilson Ferreira à Eletrobras é “só questão de tempo” e eventualmente deve ocorrer.
No parecer, a casa também frisou que era importante uma substituição, na Vibra, por um nome de peso, dado que a companhia encontra-se em processo de transição dos combustíveis fósseis para a eletrificação – o que foi impulsionado pela compra da COMERC.
Desempenho das ações da Vibra
Atualmente as ações da companhia estão cotadas a R$ 16,13, representando uma queda de 3,8% nos últimos 30 dias e 24% em seis meses.
Em janelas mais longas, contudo, a Vibra cai ainda mais, com retração de 43% no acumulado dos últimos 12 meses.