A Vibra (VBBR3) anunciou mudanças no alto escalão da empresa, entre ela, a chegada de Clarissa Sadock como vice-presidente de Energia Renovável e ESG. Para o Bank of America (BofA), com a nova gestão e a melhora do endividamento da empresa, os papéis podem reagir da Bolsa de Valores e fomentar um caminho para a melhora dos dividendos da companhia.
“Os últimos resultados da Vibra foram um pouco decepcionantes em termos de margens e fluxo de caixa, principalmente devido as decisões sobre fornecimento de combustível que, em nossa opinião, tem sido um dos principais fatores que levaram a ação a ter um desempenho inferior no acumulado do ano”, disse Leonardo Marcondes, analista do BofA.
Nos últimos doze meses, as ações da Vibra amargam uma queda de 17,3% na Bolsa. Confira o gráfico:
Cotação VBBR3
O especialista defende que com a mudança na administração e a melhoria do endividamento da empresa, graças a vendas de ativos e créditos fiscais, os papéis podem conquistar melhores resultados na Bolsa caso as margens fiquem mais consistentes e o fluxo de caixa fique em linha com o esperado pelos agentes econômicos.
“Isso permitirá que os investidores tenham uma melhor visibilidade do poder de lucro da empresa e, consequentemente, dos potenciais dividendos”, complementou Marcondes.
O BofA trabalha com recomendação de compra na ação da Vibra, com o preço alvo de R$ 26. Quem também vê os papéis com bons olhos é o Itaú BBA, que classifica o papel como outperform, equivalente à compra, com o preço alvo de R$ 28.
O que aconteceu na Vibra?
Clarissa, que era CEO da AES Brasil (AESB3), renunciou ao cargo para trabalhar na Vibra. Na terça (30), a antiga BR Distribuidora anunciou ao mercado uma reestruturação organizacional na qual criou duas novas vice-presidências e nomeou Augusto Ribeiro como VP de Finanças, Compras e Relações com Investidores.
A ex-CEO da AES Brasil ficará com a área de energia renovável, enquanto Aspen Andersen estará à frente da VP de Gente e Tecnologia.
“Ao criar essa vice-presidência (Energia Renovável e ESG), a Vibra entende que estará reforçando o foco necessário à consolidação dos seus negócios em energias renováveis, acelerando a captura de sinergias e a integração da companhia com as diversas joint ventures estabelecidas recentemente, visando materializar a estratégia de posicionamento frente aos desafios da transição energética e exigências crescentes dos padrões de ESG”, disse a empresa em comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).