Vibra (VBBR3): BTG considera como “injusto” o desempenho inferior em relação ao mercado

Em relatório, analistas do BTG Pactual comentam que a Vibra (VBBR3) registrou um desempenho inferior em relação ao mercado nos últimos 12 meses (-23 pontos percentuais) e no ano (3 p.p.). Apesar disso, o banco considera “que isso é injusto”.

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Mesmo com a volatilidade nos impostos e preços dos combustíveis ao longo do ano passado “levando a resultados voláteis”, os analistas acreditam “que os incumbentes da distribuição de combustíveis”, como a Vibra, “terão uma dinâmica mais favorável nos próximos anos”.

Para o BTG, a Vibra não parece apenas “estar negociando a múltiplos descontados considerando este cenário competitivo melhorado e um ROIC [retorno sobre o capital investido] de ~20%”, mas também se acredita “que o mercado está ignorando alguns eventos importantes que devem impulsionar a geração de caixa” da companhia neste ano.

Os analistas acreditam que os temores recentes sobre o fato de a Vibra “ter acumulado muita dívida após fusões e aquisições recentes deve se dissipar assim que a geração de caixa entrar em ação”, com este ano “parecendo ser forte”.

O BTG Pactual ainda destaca a VBBR como a principal escolha dentro do setor de distribuição de combustível.

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BTG estima que a Vibra liberará mais de R$ 500 mi em capital de giro

Baseado em um crescimento de volume de 1% ao ano e uma queda de 15% a.a. nos preços de combustível, os analistas do BTG estimam que a Vibra liberará mais de R$ 500 milhões em capital de giro.

O banco também cita o leilão da ES Gás, distribuidora de gás natural, na qual a empresa detém 60% de participação. O evento resultou em entradas de caixa de pelo menos R$ 700 milhões para a VBBR.

Os analistas esperam que a companhia reconheça R$ 40 milhões de créditos tributários por trimestre daqui em diante — relativos à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins.

“Ao todo, acreditamos que a VBBR deve gerar R$ 1,5 bilhão, ou 9% de seu valor de mercado atual e >10% da dívida líquida”, complementam os analistas.

O BTG Pactual possui recomendação de compra para as ações da Vibra, com preço-alvo de R$ 28,00.

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Silvio Suehiro

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