Vibra (VBBR3): banco avalia ação como favorita no setor após 3T23 ‘acima das expectativas’; ações sobem 5,6%

Após a divulgação do balanço trimestral, o BTG reiterou a recomendação de compra para a Vibra (VBBR3), citando a companhia como a favorita no setor de distribuição de combustíveis. Hoje, as ações da companhia registraram forte alta na Bolsa de Valores.  

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“Nossa preferência pela Vibra em relação ao seu concorrente mais óbvio continua baseada em fundamentos de valuation”, explica o BTG. 

A Vibra anunciou um lucro líquido de R$ 1,255 bilhão no terceiro trimestre de 2023 (3T23). Para o BTG, o resultado foi 34% acima da estimativa, demonstrando fortes ganhos, impulsionados por outros ganhos não recorrentes, como os R$560 milhões da venda da participação na ES Gás. 

A alavancagem da Vibra, diz o BTG, caiu significativamente para 2,4x o EBITDA, com sólida geração de fluxo de caixa livre, cerca de R$1,2 bilhão. 

Segundo a equipe do BTG, o resultado transmitiu a ideia de um mercado de combustíveis mais equilibrado no 3 trimestre, suficiente para manter margens recorrentes elevadas no futuro. 

“A Vibra está claramente priorizando a rentabilidade agora, e acreditamos que se continuar nesse caminho, teremos a confiança necessária para elevar nossa previsão de margem de Ebitda para R$ 130/m3 no próximo ano”, destaca o banco. 

Analistas apontam que o foco maior na rentabilidade da Vibra está afetando o desempenho dos volumes, que caíram 9% abaixo dos concorrentes e no mercado. 

Neste contexto, o BTG recomenda compra para as ações da Vibra, com preço-alvo de R$ 28. Os analistas supõem que um ajuste relativamente pequeno de R$ 10/m3 na estimativa de margem de Ebitda de 2024 para R$ 140/metros cúbicos, se traduziria em um P/E (Preço/Lucro) de 12x.

Vibra reverte prejuízo

Os resultados da Vibra mostram reversão do prejuízo de R$ 61 milhões registrado no mesmo período do ano passado (3T22).

Segundo o balanço da Vibra, esse resultado foi impactado positivamente pela melhora do seu resultado operacional e financeiro. Além disso, foi considerada a venda da ESgás, que gerou um lucro de R$ 470 milhões.

Já a receita líquida ajustada da companhia foi de R$ 43,243 bilhões no 3T23, com baixa anual de 15,3% sobre o valor registrado no 3T22.

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Enquanto isso, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida) ajustado da Vibra somou R$ 2,333 bilhões, com avanço de 154,7% na comparação anual.

Nesse caso, o resultado da Vibra é atribuído às “maiores margens médias de comercialização no período, uma forte gestão em eficiência de nossas operações e ainda um ganho com inventário de produtos de cerca de R$ 370 milhões”.

margem Ebitda ajustada, por sua vez, teve crescimento de 178,9% no terceiro trimestre de 2023 (em relação ao 2T23), a R$ 248 por metro cúbico. As despesas operacionais foram de R$ 709 milhões, com alta anual de 14,4%.

Outros resultados

lucro bruto ajustado teve aumento significativo de 152,7% no 3T23, chegando à marca de R$ 3,245 bilhões. A empresa diz que esse resultado se deu principalmente pelo aumento do volume e das margens de vendas.

Por outro lado, o resultado financeiro da Vibra mostrou um prejuízo de R$ 413 milhões nesse novo balanço, com redução de 26,8% em relação ao prejuízo registrado no 3T22.

Ao final do trimestre, a dívida líquida da empresa registrou uma queda anual de 31%, chegando a R$ 10,167 bilhões.

Por fim, o indicador dívida líquida/Ebitda ajustado, que mede o patamar de alavancagem da Vibra, teve uma baixa anual de 0,9 ponto percentual, a 1,9 vez.

Cotação

Nesta terça-feira (7), as ações da Vibra subiram 5,61%, cotadas a R$ 21,64.

Cotação VBBR3

Gráfico gerado em: 07/11/2023
1 Ano

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Vinícius Alves

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