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BTG vê baque para Vibra (VBBR3) após fim de parceria com Americanas (AMER3), mas recomenda compra do papel; entenda

Vibra (VBBR3): fim da parceria com a Americanas. Foto: Divulgação

Vibra (VBBR3): fim da parceria com a Americanas. Foto: Divulgação

O BTG Pactual (BPAC11) enxerga um baque na operação da Vibra Energia (VBBR3) por causa do término da Vem Conveniência, a joint venture que a empresa tinha com a Americanas (AMER3). Contudo, mesmo com essa análise negativa, os analistas do banco de André Esteves mantêm a recomendação de compra do papel da companhia focada em combustíveis e energia.

Em relatório publicado nesta terça (24), os especialistas Thiago Duarte e Pedro Soares dizem que o encerramento da Vem “representa claramente um revés no desenvolvimento” da oportunidade de expansão das operações da Vibra.

“Há muito tempo argumentamos que o plano de parceria com uma operadora de varejo [Americanas] para desenvolver oportunidades não relacionadas ao combustível era uma maneira inteligente de a Vibra gerar valor”, destaca o banco.

Entretanto, o time do BTG Pactual acredita que a empresa de energia provavelmente continuará operando sob o modelo de franqueados até a revelação do novo plano de negócios e que o impacto será pontual.

Esperamos que a rescisão gere impactos pontuais na Vibra, uma vez que a Americanas ainda não concluiu a totalidade dos desembolsos previamente acordados.

“Portanto, não achamos que a ação deva reagir significativamente. Na verdade, tendemos a acreditar que o anúncio era bastante esperado”, comenta.

Um dia após o anúncio do fim da parceria, as ações da Vibra fecharam em alta de 3,69%, cotadas a R$ 15,46.

Segundo os analistas, o potencial de criação de valor da Vibra segue como o principal negócio da empresa: a distribuição de combustíveis. Assim, a recomendação de compra da Vibra foi mantida, e o banco reforça que a sua preferência pela.

O BTG Pactual trabalha com o preço-alvo de R$ 28 para as ações da Vibra.

Vibra: Fim da parceria com Americanas

Na segunda (23), a Vibra informou ao mercado que decidiu encerrar imediatamente a joint venture Vem Conveniência — 50% das ações eram da Vibra, e os demais 50% eram da Americanas.

“À luz dos recentes acontecimentos envolvendo a Americanas, que podem constituir alterações em premissas basilares que conduziram à celebração da parceria, com potenciais impactos à Vem Conveniência, a companhia informa que, por determinação do seu Conselho de Administração, notificou a Americanas para imediato encerramento da parceria, tendo iniciado os trâmites e procedimentos necessários para seu desfazimento”, destacou a empresa em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Em comunicado ao mercado, a Americanas disse que recebeu a notificação da Vibra “com surpresa, sem que tivesse havido qualquer manifestação anterior ou qualquer comunicação prévia”.

“A administração da companhia está avaliando os termos da notificação junto a seus assessores legais para resguardar o interesse da Americanas”, complementa a varejista.

Segundo o Status Invest, por volta das 15h15, as ações da Vibra operavam em alta de 2%, sendo negociadas por R$ 15,21.

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