Em análise acerca dos resultados da Vibra (VBBR3) os especialistas do BTG Pactual (BPAC11) destacaram resultados ‘com volatilidade’ e mantiveram recomendação de compra.
O preço-alvo do BTG para as ações da Vibra é de R$ 28, ante uma cotação atual de R$ 13,40.
Os papéis VBBR3 chegaram a cair 8% no intradia desta quarta-feira (22), após a divulgação do balanço.
“Os resultados do 4T22 da VBBR foram fortemente afetados por fatores não recorrentes, muito mais do que seus concorrentes, relacionados à volatilidade de preços e um mercado com excesso de oferta. O
O EBITDA ajustado foi sólido em R$ 1,4 bilhão”, destaca o BTG sobre o resultado da Vibra.
Segundo a casa, os fatores não recorrentes contemplam:
- Perdas de estoque e hedge (-R$756 milhões)
- Venda de Ativos (R$ 350 milhões)
- Ganhos fiscais (R$ 680 milhões)
“Até certo ponto, o trimestre ressalta o quão diferentes são as estratégias entre principais empresas de combustível foram. A perda de estoque de R$ 27 por metro cúbico da Vibra foi pelo menos duas vezes maior do que a de seus concorrentes, enquanto a perda de R$ 47/m3 de hedges não realizados
indica um perfil de negociação de combustível diferente (mais arriscado), já que a VBBR procurou monetizar a arbitragem de oportunidades”, destaca o BTG.
Veja mais números sobre o 4T22 da Vibra
Vibra (VBBR3), ex-BR Distribuidora, registrou lucro líquido de R$ 566 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), representando uma retração de 44,8% sobre a mesma etapa de 2021.
Já o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 1,581 bilhão no 4T22 – uma queda de somente 1% ante igual etapa do ano anterior.
“O 4T22 apresentou um contexto de alta volatilidade dos preços das commodities que comercializamos, com os preços de diesel ao longo de outubro experimentando novos aumentos de crack spreads e levando a um novo descolamento dos preços domésticos em relação aos internacionais”, disse a Vibra.