Ação da Vibra (VBBR3) está descontada, mas há riscos; Ativa corta preço-alvo

A Ativa Investimentos revisou sus tese de investimentos da Vibra Energia (VBBR3), reiterando a recomendação de compra. Entretanto, os analistas optaram por cortar o preço-alvo de R$ 33,00 para R$ 29,00, com a atualização de variáveis macroeconômicas.

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O relatório da Ativa destaca que a Vibra teve um trimestre em que registrou evolução em volumes, apesar de “uma dinâmica ainda desafiadora”.

“A companhia deu novamente provas de que consegue consegue extrair uma margem Ebitda saudável mesmo em períodos sazonalmente mais desfavoráveis”, afirmam os analistas.

A XP acredita que as ações de Vibra estejam sendo negociadoas com desconto sobre a média dos últimos três anos: “As sinergias oriundas das operações envolvendo CooperSucar, Zeg, Vem, EzVolt e sobretudo a Comerc ainda não estão precificadas pelo mercado, o que corrobora nossa recomendação de compra aos seus papéis.”

Outro ponto reforçado pela Ativa é que a saída do presidente Wilson Ferreira Júnior deixa um “vazio de poder” que impede os ativos da Vibra de negociar mais próximas ao seu “valor intrínseco”. O antigo CEO da Vibra foi para o mesmo cargo, na Eletrobras (ELET3), empresa em que terá a mesma posição que exerceu entre 2016 e 2021 na companhia de combustiveis.

A Vibra ainda não anunciou nome do novo CEO, o que é considerado um risco para a Ativa Investimentos e pelo mercado de forma geral.

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No segundo trimestre de 2022 (2T22), a Vibra apresentou quase o dobro do seu lucro líquido no acumulado dos últimos doze meses, reportando alta de 85,1%, passando de R$ 382 milhões, no segundo trimestre de 2021, para R$ 707 milhões no 2T22. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, a alta foi ainda maior, de 117,5% ante os R$ 325 milhões então divulgados.

Ebitda da Vibra (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no resultado do 2T22 da Vibra foi recorde e alcançou R$ 1,61 bilhão, alta de 58,3% ante o montante reportado no segundo trimestre de 2021. Com relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 1,1 bilhão), houve alta de 45,6%.

margem Ebitda ajustada recuou para 3,4% no período, ante 3,5% no segundo trimestre de 2021 e 2,9% no primeiro trimestre.

Já a receita líquida da Vibra somou R$ 47,15 bilhões no segundo trimestre deste ano, alta de 62,5% em relação a igual período do ano passado e de 22,9% ante trimestre imediatamente anterior.

Cotação da Vibra

As ações da Vibra subiram 1,19%, a R$ 18,63, nesta quarta-feira (24). No ano, acumula queda de 8,45%.

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Victória Anhesini

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