Com anúncios de mudança no nome da marca, aquisição de fintech e projeções robustas de crescimento nos próximos cinco anos, a Via Varejo (VVAR3) animou o mercado na manhã desta segunda-feira (26). Por volta das 12h40, a ação da varejista subia 0,53% na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. Paralelamente, o Ibovespa subia 0,10%, a 120.646,31 pontos.
A partir de agora, a empresa passará a se chamar somente Via, deixando a palavra varejo fora do nome. A mudança vem poucos dias após a empresa anunciar a troca de nome de uma de suas principais controladas de PontoFrio para Ponto.
Conforme fato relevante divulgado nesta segunda, “o novo posicionamento da empresa reforça a estratégia da companhia de ser reconhecida como a melhor Via de compras de todos os brasileiros, onde, quando e como eles quiserem”. Paralelamente, a empresa passa a acrescentar a assinatura Imagine Caminhos à sua marca.
Via Varejo quer 20% do e-commerce brasileiro
Além disso, a empresa divulgou suas projeções para a operação para os próximos cinco anos, também em fato relevante. A companhia espera abocanhar 20% do e-commerce brasileiro até 2025 e dobrar a base de clientes ativos de 22 milhões para 44 milhões ao ano. Para isso, a Via parte das seguintes premissas:
- o mercado de varejo será de aproximadamente R$ 2,6 trilhões em vendas
- o mercado de varejo online alcançará cerca de R$ 500 bilhões em vendas anuais
- a taxa de crescimento anual composta (CAGR) em vendas no varejo total será de 6% entre 2020 e 2025
- a taxa de crescimento anual composta (CAGR) em vendas online será de 24% entre 2020 e 2025
O economista-chefe da Messem Investimentos Gustavo Bertotti vê a empresa com potencial para atingir as metas, mesmo que o setor seja fortemente competitivo e demande constante inovação. “A Via Varejo vem se posicionando muito bem e a tendência é de que siga gerando crescimento, principalmente no e-commerce”, avalia Bertotti.
Aquisição de fintech permitirá ampliação de serviços
Nesta segunda-feira, a Via ainda anunciou a aquisição da fintech Celer, que atua como plataforma de pagamentos e oferece serviços bank-as-a servisse (Baas). O valor da aquisição não foi revelado.
Segundo a varejista, o negócio permitirá a ampliação dos seus serviços financeiros junto aos vendedores do marketplace. O negócio foi realizado por meio de Lake Niassa Empreendimentos, subsidiária da Via Varejo, e ainda terá de receber aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
No pregão anterior da B3, na sexta-feira (23), a Via Varejo fechou cotada em R$ 13,12, alta de 4,04%.