A Via (VVAR3), antiga Via Varejo, avança mais de 4% por volta das 14h desta quinta-feira (13), negociada a R$ 12,25, após publicar, na noite de ontem, seu balanço do primeiro trimestre de 2021. Para a XP Investimentos, a companhia trouxe resultados sólidos, com destaque para o avanço das vendas online, mas ainda há entraves para a varejista.
“O principal destaque do resultado da Via foi a aceleração no crescimento do volume bruto de mercado (GMV) online, com crescimento de 123% na base anual e de 106% na trimestral, sendo puxado principalmente pelo marketplace, que cresceu 124% no ano e 84% no trimestre”, afirmam os analistas Danneila Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday.
Segundo os especialistas da XP, o crescimento da Via no digital se compara ao crescimento do Mercado Livre (MELI34) e é necessário, agora, avaliar o resultado da Magazine Luiza (MGLU3), que sai na noite de hoje, para analisar os números de forma comparativa.
De qualquer forma, a Via, para os três analistas, vem conseguindo um bom desempenho no seu marketplace, com crescimentos sequenciais no GMV e também na atração de novos lojistas para a plataforma: em março eram 26 mil vendedores ativos, contra 15 mil em fevereiro e 10 mil no final de 2020.
Chama atenção também da XP o avanço do braço financeiro da varejista, que viu os volumes de pagamentos transacionados avançarem 65% no trimestre e o crediário atingindo 33% das vendas das lojas físicas em março, ante 17% no mesmo mês do ano passado.
O download do aplicativo financeiro também cresceu crescendo – tudo isso com baixo custo de aquisição do cliente, de R$ 12,5. A XP pontua, entretanto, que houve um aumento das provisões para clientes duvidosos, que saiu de 10,7% no fim de 2020 para 13,2%.
Apesar do avanço do marketplace, XP se mantém neutra para Via
“Continuamos a esperar um cenário competitivo bastante desafiador nesse ano, inclusive com iniciativas de players internacionais como Amazon e Alibaba, o que deve trazer volatilidade para as ações do setor no curto prazo”, diz a XP em relatório.
A competitividade já estaria sendo sentida, inclusive. A Via viu sua margem Ebitda recuar 2,1 pontos percentuais no ano, para 7,7%, com maiores investimentos no digital e em tecnologia, mas também por conta da menor receita vinda das lojas físicas, causada pela restrições para conter a Covid-19.
A XP fixou o preço-alvo das ações da Via em R$ 20.