Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) desabam quase 20% às vésperas dos balanços. Por quê?
Fevereiro aqueceu os foliões por causa do Carnaval, mas teve um efeito contrário nas ações da Via (VIIA3) e do Magazine Luiza (MGLU3). No último mês, os papéis das varejistas desabaram 19,6% e 19%, respectivamente. O movimento ocorreu às vésperas da divulgação dos balanços do quarto trimestre de 2022, agendados para a próxima semana.
Para Georgia Jorge, analista do BB-BI, a queda das ações das duas principais varejistas do país foi motivada principalmente por fatores externos:
No caso de Via e Magazine Luiza, pesaram as discussões acerca da atuação mais austera do banco central americano [Federal Reserve, o Fed] para conter a inflação, o que impacta taxa de juros de longo prazo e companhias cuja tese é de crescimento.
As empresas listadas na Bolsa com os tickers VIIA3 e MGLU3 apresentam seus balanços ao mercado na próxima quinta (9). Enquanto as empresas desabaram quase 20% em fevereiro, o Ibovespa caiu 7,5%.
“Acompanhando a queda da bolsa brasileira, o Índice de Consumo caiu 9,8%, performance inferior à do Ibovespa, refletindo, em nossa opinião, as discussões sobre a revisão de meta de inflação que tomaram corpo ao longo de fevereiro”, complementa Georgia.
No setor varejista, o maior tombo no último mês foi protagonizado pela Americanas (AMER3), que viu seus papéis desvalorizarem 42,9% enquanto a companhia passa por uma recuperação judicial com dívidas bilionárias.
Na ponta positiva, as Lojas Quero-Quero (LJQQ3) e o Grupo Natura (NTCO3) cresceram 8,1% e 5,3%, respectivamente, “refletindo perspectivas positivas para a divulgação de resultados do 4T22”.
VIIA3 e MGLU3 no Ibovespa hoje
Na sessão do Ibovespa desta quinta (2), as ações do Magazine Luiza fecharam em queda de 2,48%, ao preço de R$ 3,15. Nos últimos doze meses, esses papéis caíram 49,92%.
Já as ações VIIA3 terminaram o pregão em baixa de 0,54%, sendo negociadas por R$ 1,83. Ao longo dos últimos doze meses, a empresa que administra a Casas Bahia viu seus papéis desidratarem 51,07%. Os dados são do Status Invest.