As ações ordinárias de Via (VIIA3) fecharam em queda de mais de 4% nesta sexta-feira (16), em um dia em que os analistas de mercado definem como de realização de lucros. O Magazine Luiza (MGLU3) foi outra ação que sofreu no principal índice da B3: o papel da varejista caiu 1,07%, cotada a R$ 3,71.
No fechamento, os papéis da Via recuaram 4,14%, cotados a R$ 2,55. As ações ordinárias de Lojas Renner (LREN3) também terminaram o dia caindo 3,51%, a R$ 20,33, assim como as de Assaí (ASAI3), que caíram 4,18%, a R$ 13,51.
Cotação VIIA3
“Depois de várias altas fortes ali na parte de varejo e consumo, vemos realizações hoje em papéis como Assaí (ASAI3), Via, Lojas Renner e Magazine Luiza, mas sem notícias específicas dessas empresas. O que temos de fato é mais uma realização de lucros mesmo depois de algumas altas recentes mais fortes”, explicou Apolo Duarte, head de renda variável e sócio da AVG Capital.
Novos casos de gripe aviária derrubam ações de JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3) no Ibovespa
As ações de empresas frigoríficas também caíram nesta sexta-feira no Ibovespa, após o Ministério da Agricultura confirmar mais 4 casos de gripe aviária no Brasil. Com essas novas notificações, o total sobe para 36 no país.
No fechamento, as ações de JBS (JBSS3) recuaram 1,87%, ao preço de R$ 17,88. As ações de frigoríficos caíram em bloco, na esteira da JBS. Confira:
- Marfrig (MRFG3): queda de 4,11%, aos R$ 7,23;
- BRF (BRFS3): queda de 1,07%, aos R$ 9,21;
- Minerva (BEEF3): queda de 0,71%, aos R$ 11,16;
No início da tarde desta sexta, em atualização na plataforma oficial, o órgão informou que quatro novos focos de gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1) em aves silvestres foram detectados no Brasil. No total, há 36 casos da doença em aves silvestres no País.
Ainda de acordo com o ministério, há outras 13 investigações em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo.
As notificações em aves silvestres não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Via (VIIA3) fechou o 1T23 com prejuízo de R$ 297 milhões; empresa faz emissão bilionária de debêntures
A Via fechou mais um trimestre com um prejuízo milionário nas mãos. Segundo informações divulgadas nesta quinta (4), a operação da “mãe” da Casas Bahia começou o ano com um número negativo de R$ 297 milhões. Na 1T22, a varejista tinha anotado lucro de R$ 18 milhões.
Além disso, a empresa informou ao mercado que fará uma emissão bilionária de debêntures.
De acordo com o balanço da Via do 1T23, os principais números desse período foram:
- Receita líquida da Via: R$ 7,354 bilhões, queda de 0,6% ante 1T22;
- Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado: R$ 675 milhões, alta de 0,2% ante 1T22;
- Resultado líquido: prejuízo de R$ 297 milhões; no 1T22, empresa registrou lucro líquido de 18 milhões.
“O prejuízo líquido foi de R$ 297 milhões e margem líquida de – 4,0% no trimestre, com recuo de
4,2 p.p frente ao 1T22. Os ajustes não recorrentes relacionados à atualização dos processos trabalhistas
(legado) foram de R$ 80 milhões no trimestre refletindo num prejuízo líquido operacional de R$ 217
milhões”, ressaltou a companhia no informe ao mercado.
O resultado financeiro da Via foi negativo em R$ 827 milhões, 5,4 pontos porcentuais maior como porcentual da receita líquida, em razão, principalmente, do aumento da taxa Selic e maior desconto de recebíveis de cartão de crédito.
A margem bruta foi de 32,1%, com alta de 1,4 p.p. e a margem Ebitda ficou em 9,2%, alta de 0,1p.p. A empresa credita os ganhos de rentabilidade, entre outros fatores, ao aumento da participação do carnê na venda da loja e à maior produtividade de vendas por vendedor.
A Via apresentou dívida líquida ajustada de R$ 500 milhões e patrimônio líquido de R$ 5 bilhões, com índices de alavancagem em patamares inferiores aos covenants financeiros. A Via terminou o trimestre com posição de caixa, incluindo recebíveis de cartão, de R$ 3,5 bilhões.
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