As ações do Grupo Casas Bahia – nova denominação da Via (VIIA3) que valerá a partir de 20 de setembro – tiveram um dia de forte oscilação. Abriram em queda nesta quarta-feira (13) no Ibovespa, com o mercado repercutindo as últimas decisões da companhia, com destaque para a aprovação em assembleia do aumento de capital para até 3 bilhões de ações ordinárias. Chegaram a virar para alta e, no meio da tarde, voltaram para o negativo. Os papéis entraram em leilão por volta das 15h45. Fecharam em baixa, liderando as quedas do Ibovespa.
No fechamento, as ações ordinárias da Via recuaram 5,9%, cotadas a R$ 1,10. Os papéis ordinários da Magazine Luiza (MGLU3), uma de suas principais concorrentes, fecharam em alta de 0,38%, a R$ 2,63.
Cotação VIIA3
Em assembleia nesta terça-feira (12), a Via discutiu e aprovou por maioria de votos na assembleia de acionistas a alteração de seu capital autorizado, assim como a mudança no caput do artigo 6º do estatuto social. Com isso, o capital social da Via pode ser aumentado para até 3 bilhões de ações ordinárias, sem valor nominal.
“É um aumento de capital com uma diluição muito grande. A empresa já está com um valor de mercado baixo e, mesmo com essa diluição, o valor em si do follow-on da Via não é algo que resolve muito o problema da empresa. É uma solução temporária. O problema está no próprio operacional da companhia, que não consegue gerar resultado para pagar todo o custo dessa dúvida”, disse Vitorio Galindo, analista de investimentos CNPI e head de análise fundamentalista da Quantzed.
Via (VIIA3) muda de nome e terá novo código na Bolsa
Em comunicado nesta terça-feira (12), após decisão tomada em assembleia geral extraordinária, o conselho de administração da Via aprovou uma nova alteração da denominação social da empresa para “Grupo Casas Bahia S.A.”.
Além da mudança na denominação social, a Via informou que a partir do pregão do dia 20 de setembro de 2023, suas ações passarão a ser negociadas na bolsa de valores com um novo código de negociação, o BHIA3.
O ticker BHIA3 vem em substituição ao código atual VIIA3. O nome de pregão da empresa passará a ser somente “Casas Bahia”, em substituição à “Via”.
“O novo posicionamento da marca institucional, nova assinatura corporativa e agora a alteração do ticker para BHIA3 reforçam a estratégia da companhia de focar no DNA da sua principal bandeira, resgatando o histórico de bons resultados das categorias core, nas quais somos especialistas e reconhecidos como destino de compras”, explicou a Via em seu comunicado.
Outra novidade anunciada foi a retomada do uso do slogan da Casas Bahia, identificado por muitos anos no Brasil como: “dedicação total a você”.
Conforme noticiado pelo Valor em meados de agosto, a mudança no nome social da Via já estava sendo discutida nesse período.
Via (VIIA3): S&P rebaixa rating da 20ª emissão de CRIs da Opea Securitizadora
O Grupo Casas Bahia, nova denominação da Via, informou nesta terça-feira (13) que a S&P Global Ratings revisou o rating da 1ª, 2ª e 3ª séries da 20ª emissão de Certificados Recebíveis Imobiliários (CRI) da Opea Securitizadora – que são lastreados na 8ª emissão de debêntures da companhia, sendo esta emissão objeto de colocação privada para a Securitizadora – de “brAA-” para “brA-“, na Escala Nacional Brasil.
Segundo a S&P, o rebaixamento resulta “da revisão de nossa opinião de crédito sobre as debêntures que lastreiam a operação, cuja devedora é a Via”.
Em fato relevante, o Grupo Casas Bahia informou que o rebaixamento do rating de crédito em três ou mais níveis em relação ao rating inicial “é hipótese de evento de vencimento antecipado não automático dos CRI e da 8ª Emissão de Debêntures”.
Ainda no texto, a companhia disse que a Securitizadora deverá convocar em até dois dias úteis da data em que tomou ciência do rebaixamento uma assembleia especial de titulares dos CRI (com, no mínimo, 15 dias de antecedência), na qual os titulares dos CRI poderão deliberar pela não declaração do vencimento antecipado da 8 ª Emissão de Debêntures e, consequentemente, do CRI.
“Caso na referida assembleia estejam presentes, no mínimo, titulares de 25% dos CRI em circulação no mercado, e houver aprovação da maioria dos presentes, a Securitizadora não declarará o vencimento antecipado da 8ª Emissão de Debêntures e dos CRI”, acrescentou a Via.