Via (VIIA3) fecha o 1T23 com prejuízo de R$ 297 milhões; empresa faz emissão bilionária de debêntures

A Via (VIIA3) fechou mais um trimestre com um prejuízo milionário nas mãos. Segundo informações divulgadas nesta quinta (4), a operação da “mãe” da Casas Bahia começou o ano com um número negativo de R$ 297 milhões. Na 1T22, a varejista tinha anotado lucro de R$ 18 milhões.

Além disso, a empresa informou ao mercado que fará uma emissão bilionária de debêntures.

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De acordo com o balanço da Via do 1T23, os principais números desse período foram:

  • Receita líquida da Via: R$ 7,354 bilhões, queda de 0,6% ante 1T22;
  • Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado: R$ 675 milhões, alta de 0,2% ante 1T22;
  • Resultado líquido: prejuízo de R$ 297 milhões; no 1T22, empresa registrou lucro líquido de 18 milhões.

“O prejuízo líquido foi de R$ 297 milhões e margem líquida de – 4,0% no trimestre, com recuo de
4,2 p.p frente ao 1T22. Os ajustes não recorrentes relacionados à atualização dos processos trabalhistas
(legado) foram de R$ 80 milhões no trimestre refletindo num prejuízo líquido operacional de R$ 217
milhões”, ressaltou a companhia no informe ao mercado.

O novo prejuízo da Via era esperado pelos especialistas consultados pelo Suno Notícias. Confira a expectativa dos analistas em torno dos números da varejista:

Via (VIIA3) – Prévias 1T23Genial InvestimentosBTG PactualConsenso Bloomberg
Receita líquidaR$ 7,374 bilhõesR$ 7,418 bilhõesR$ 8,458 bilhões
Ebitda (Lucros antes de juros, impostos,
depreciação e amortização) ajustado
R$ 662 milhõesR$ 593 milhõesR$ 971 milhões
Resultado líquidoPrejuízo de R$ 230 milhõesPrejuízo de R$ 251 milhõesLucro de R$ 19 milhões
Fonte: Relatórios consolidados pelo Suno Notícias

O resultado financeiro da Via foi negativo em R$ 827 milhões, 5,4 pontos porcentuais maior como porcentual da receita líquida, em razão, principalmente, do aumento da taxa Selic e maior desconto de recebíveis de cartão de crédito.

A margem bruta foi de 32,1%, com alta de 1,4 p.p. e a margem Ebitda ficou em 9,2%, alta de 0,1p.p. A empresa credita os ganhos de rentabilidade, entre outros fatores, ao aumento da participação do carnê na venda da loja e à maior produtividade de vendas por vendedor.

A Via apresentou dívida líquida ajustada de R$ 500 milhões e patrimônio líquido de R$ 5 bilhões, com índices de alavancagem em patamares inferiores aos covenants financeiros. A Via terminou o trimestre com posição de caixa, incluindo recebíveis de cartão, de R$ 3,5 bilhões.

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Debêntures da Via

Além da apresentação do balanço, a empresa aprovou a nona emissão pública de debêntures simples, não conversíveis em ações.

“Serão emitidas 1,119 milhão de debêntures, perfazendo o valor total da emissão de R$ 1,119 bilhão na data de emissão (15 de junho de 2023). O valor nominal unitário das debêntures será de R$ 1 mil”, explicaram os administradores da varejista. Esses papeis terão prazo de vigência de dois anos.

“O saldo do valor nominal unitário das debêntures será amortizado trimestralmente, sendo a primeira amortização em 15 de janeiro de 2024 e a última na data de vencimento. Já a remuneração será paga nos dias 15 de setembro de 2023 e 15 de dezembro de 2023, e a partir de 15 de janeiro de 2024 (inclusive) trimestralmente, sempre no dia 15 (quinze) dos meses de janeiro, abril, julho e outubro de cada ano até o dia 15 de abril de 2025 (inclusive), e o último pagamento será devido na data de
vencimento”, complementaram os administradores da Via.

Com Estadão Conteúdo

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Erick Matheus Nery

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