Via Varejo (VVAR3) pede suspensão de aluguéis de lojas por coronavírus

A Via Varejo (VVAR3) começou a negociar a suspensão dos aluguéis de suas lojas físicas em todo o Brasil. A informação foi publicada pela “Reuters” nesta quarta-feira (15) e confirmada pelo SUNO Notícias.

A varejista, dona das Casas Bahia, Ponto Frio e Extra.com, tenta reduzir significativamente os custos em meio a uma queda de cerca de 50% nas receitas dado a crise causada pelo coronavírus (covid-19). A Via Varejo possui cerca de 1.000 lojas físicas.

O próprio Michael Klein, principal acionista, também é dono de alguns prédios físicos (em geral, bem localizados) que lojas do grupo como inquilinos. Ele também deve reduzir o valor do aluguel à empresa.

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O SUNO Notícias apurou que, na reunião entre os executivos que definiu o plano de redução de custos, houve um certo mal estar em levar o pedido de redução de aluguel ao controlador da varejista. Klein, porém, deve aceitar a redução dos vencimentos sem maiores problemas.

O valor da economia com as despesas com aluguel deve ser de R$ 80 milhões, segundo informou a “Reuters”. A empresa havia suspendido as atividades em todas as lojas no País.

Outro ponto levantado em reuniões diz  respeito ao socorro do governo para as varejistas é um ponto de esperança à Via Varejo.

Executivos afirmam, porém, que não é possível contar com nenhum apoio imediato, vide que setores ainda mais afetados pela crise, como o aéreo, ainda não tiveram nenhuma medida concreta anunciada por parte do governo federal.

Procurada, a Via Varejo ainda não se manifestou sobre o caso.

Crise do coronavírus atingiu Via Varejo

A crise causada pelo coronavírus (covid-19) atingiu a operação da Via Varejo em cheio. A varejista vinha buscando um turna round, após a operação voltar ao controle da família Klein.

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A Via Varejo, ainda muito dependente das vendas em lojas físicas, vinha buscando uma participação maior nas vendas online, mas ainda tinha dificuldades para concorrer nesse segmento, principalmente contra players mais estabelecidos, como a Magazine Luiza.

Com o advento da crise do coronavírus, a companhia tenta acelerar a transição, para conseguir um peso maior nas vendas realizadas pela internet.

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Além da mudança, a companhia também enfrentou dificuldades gerenciais, como uma investigação acerca de fraudes cometidas por executivos nos balanços da varejista. O caso, revelado em primeira mão pelo SUNO Notícias, encontrou irregularidades que impactaram a empresa em cerca de R$ 1 bilhão.

O bom resultado na Black Friday animara o comanda, mas a queda drástica na demanda, já que as pessoas não saem de casa, deve atingir de maneira forte o balanço da Via Varejo.

Vinicius Pereira

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