Vero, provedora de internet, desiste de IPO por “condições desfavoráveis do mercado”
A Vero Internet, provedora de internet controlada pela gestora de private equity Vinci Partners, informou nesta sexta (7) que desistiu de realizar sua Oferta Inicial de Ações (IPO, na sigla em inglês).
A empresa justificou, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que a decisão foi feita “tendo em vista as alterações das condições atuais dos mercados de capitais brasileiro e internacional”.
A companhia afirmou que manterá os seus acionistas e o mercado em geral informados sobre eventual decisão de iniciar nova oferta, nos termos da regulamentação aplicável.
A Vero planejava realizar ofertas primária — quando os recursos vão para o caixa da empresa– e secundária — em que os atuais investidores vendem participações.
Já em um prospecto publicado em agosto, quando anunciou sua intenção de fazer IPO, a provedora de internet avisou que “a efetiva aplicação dos recursos captados por meio da Oferta Primária depende de diversos fatores que não podemos garantir que virão a se concretizar, como as condições de mercado então vigentes, nas quais baseamos nossas análises, estimativas e perspectivas atuais sobre eventos futuros e tendências”.
Raio X da Vero Internet
A Vero Internet foi criada em 2019, com a união de oito empresas de internet no interior de Minas Gerais, e hoje conta com aproximadamente 1900 funcionários, e 500 mil clientes, com mais de 1,8 milhão de casas passadas.
A provedora de internet atua nas regiões Sul e Sudeste do Brasil e conta com uma infraestrutura de cabos fiber-to-the-home (“FTTH”) de mais de 18,2 mil 2 km nos estados de Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A companhia acredita ser uma das líderes das plataformas independentes de serviços de internet no País.
No ano passado, a receita operacional líquida da Vero Internet atingiu R$ 211,3 milhões, enquanto o Ebitda Ajustado ficou em R$ 96,7 milhões, um salto de 73,9% e 99,4%, respectivamente, na base anualizada. Já o lucro líquido no período subiu 141,2%, para R$ 30,683 milhões.
